Mas não tem importância quem falou primeiro e quem falou segundo. Falemos, sim, do que será dessa parceria, Rubens e Williams, piloto e equipe veteranos, um que realmente renasceu em 2009, outra que busca reencontrar o caminho das vitórias perdido lá atrás, quando se recusou a ser comprada pela BMW e se tornou a maior das independentes — o que não quer dizer muito.
Salvo engano, a Williams não vence uma corrida desde 2004 com Montoya, aqui em Interlagos. São cinco anos de jejum. Conseguirá algo com Barrichello e o novato Nico Hulkenberg? Esse alemãozinho (mais um no caminho de Rubens) é bom, ganhou por onde passou e é uma aposta para o futuro. O brasileiro será uma espécie de professor. A Williams vai andar de Cosworth e tem tradição de fazer bons carros, embora nos últimos anos tenha andado muito apagada. Nesta temporada, começou bem. Tinha difusor duplo e tudo mais. Mas fez um campeonato discretíssimo, entre outras coisas porque Nakajima é um piloto muito fraco.
Barrichello se junta a Piquet, Senna e Pizzonia na lista dos brasileiros que disputaram GPs para Frank Williams. O normal, aqui, seria dizer que não há milagres na F-1, e que por isso ninguém deve esperar grande coisa de Rubens em 2010. Mas a Brawn está aí para mostrar que milagres acontecem. Por isso, o melhor é esperar para ver os carros, os testes, os motores.