Blog do Flavio Gomes
F-1

COMEÇA AOS 40

SÃO PAULO (e vai longe) – E acabaram-se as especulações. A Mercedes anunciou oficialmente agora há pouco a volta de Michael Schumacher às pistas. O alemão tem 40 anos. Faz 41 em janeiro. Começa uma nova vida na casa que lhe colocou na F-1 18 anos atrás, naquele já tão distante GP da Bélgica. Na […]

schumacher2

SÃO PAULO (e vai longe) – E acabaram-se as especulações. A Mercedes anunciou oficialmente agora há pouco a volta de Michael Schumacher às pistas. O alemão tem 40 anos. Faz 41 em janeiro. Começa uma nova vida na casa que lhe colocou na F-1 18 anos atrás, naquele já tão distante GP da Bélgica.

Na época, a vaga na Jordan custou exatos 300 mil dólares. Depois, empolgada, a Mercedes colocou seu pupilo na Benetton. Os planos eram ambiciosos. Schumacher seria o cara que levaria a estrela de três pontas à glória na categoria. Primeiro, com a Sauber. Depois, com a McLaren.

Mas nunca aconteceu, porque Schumacher alçou voo-solo, apaixonou-se pela Ferrari, ganhou seus títulos e suas corridas, e um dia resolveu parar de correr.

Mas a vontade de voltar foi maior. Acho que ficou frustrado por não conseguir substituir Massa. Preparou-se. Foi seduzido pelos planos da velha casa, que comprou a equipe campeã do mundo, dirigida por Ross Brawn, aquele que esteve ao seu lado nas sete taças.

É uma bela combinação. Um piloto como Schumacher, num time dirigido por alguém como Brawn, num carro que, até prova em contrário, é o melhor do mundo, com dinheiro de uma montadora que não vai medir esforços para se impor como a mais forte, a dominante, a hegemônica.

O Mundial de 2010 já estava legal com Alonso/Massa, Hamilton/Button, equipes novas, regulamento novo… Com um novo Schumacher, então, vai ficar melhor ainda.

O contrato é de três anos. Há um sentimento de gratidão nessa parada, claro. “A Mercedes me ajudou no início da carreira, é hora de dar algo em troca”, foi o que Schumacher disse. Ele deve ter também, no íntimo, a vontade de romper a barreira das 100 vitórias. E, quem sabe, quebrar o recorde de GPs disputados.

É, a vida começa mesmo aos 40…