Blog do Flavio Gomes
A1GP

DESCAMPADO

GUARUJÁ (gosto do mar) – Amanhã no Grande Prêmio teremos mais detalhes, mas já posso antecipar que a coisa está feia para a Campos Meta. Pelo menos é a voz corrente na Europa. Adrián Campos não conseguiu levantar dinheiro de patrocinadores e nem mesmo o nome de Bruno Senna ajudou a alavancar uma grana. As […]

GUARUJÁ (gosto do mar) – Amanhã no Grande Prêmio teremos mais detalhes, mas já posso antecipar que a coisa está feia para a Campos Meta. Pelo menos é a voz corrente na Europa. Adrián Campos não conseguiu levantar dinheiro de patrocinadores e nem mesmo o nome de Bruno Senna ajudou a alavancar uma grana. As negociações com Pastor Maldonado (PDVSA) e Vitaly Petrov (money from Russia with love) estão empacadas e a Dallara, responsável pela fabricação dos chassis, estaria enviando algumas faturas para a Espanha chamando a atenção para aquela indesejável mensagem no boleto, “após o vencimento, pagar apenas no banco tal, com multa de x dinheiros ao dia”.

Nessas, quem pode acabar aquinhoando uma parte do time é aquele misterioso Tony Teixeira, dono da não menos misteriosa A1GP, que pelo que se sabe bateu com as dez depois do cancelamento de suas duas primeiras rodadas duplas da temporada 2009-2010. Não entendo como é que a Ferrari se meteu nessa picaretagem… A A1GP, para quem não lembra, é aquela “copa das nações”, equipes representando países (o Brasil teve pilotos medíocres, comandandos por Emerson Fittipaldi, outro que se mete em cada uma…), categoria criada para correr nas férias das competições sérias, geralmente em pistas do Oriente Médio e da Ásia, e que todo ano anuncia uma prova no Brasil, que nunca aconteceu, claro, nem nunca vai acontecer. Aliás, o galpão que que estava alugado em Silverstone para guardar as tralhas das equipes já foi devolvido ao senhorio. A Ferrari é que estava fazendo carros e motores. Ninguém patrocinava carro algum. Nunca ninguém entendeu de onde veio o dinheiro para se fazer tal campeonato. Ou, pelo menos, ninguém ainda descobriu quem estava usando a lavanderia.

Mas voltando à Campos, ninguém acredita que o time terá um carro pronto para a primeira sessão de testes coletivos do ano, em Valência, no comecinho de fevereiro. Lembremo-nos que antes do fim do ano passado Bernie Ecclestone disse que duas das novas equipes não teriam condições de alinhar no Bahrein em 14 de março. Uma delas seria a USF1. A outra, a Campos Meta. Talvez não fosse só fanfarronice de Bernie.