Blog do Flavio Gomes
F-1

NO DESERTO (5)

SÃO PAULO (como Jack) – Para dar volume ao blog, GP do Bahrein em pílulas. Ou “pírulas”, como eu dizia quando era pequeno. Começando com Bruno Senna. Largou, completou menos de 20 voltas, quebrou, tudo OK. Aí, deu entrevista ao competente Carlos Gil, da Globo, e explicou a quebra, o fim de semana, a estreia. […]

SÃO PAULO (como Jack) – Para dar volume ao blog, GP do Bahrein em pílulas. Ou “pírulas”, como eu dizia quando era pequeno. Começando com Bruno Senna. Largou, completou menos de 20 voltas, quebrou, tudo OK. Aí, deu entrevista ao competente Carlos Gil, da Globo, e explicou a quebra, o fim de semana, a estreia.

Então, a babaquice global fez com que Gil, constrangido, fosse obrigado a mandar um abraço lá da cabine e de todo o povo brasileiro e a perguntar sobre a “emoção de largar” etc. Claro que os bobões queriam que Bruno chorasse, falasse que na hora da largada tinha lembrado do tio, que era um momento muito emocionante, inesquecível, que a memória de Ayrton era tudo em que ele pensava naquele cockpit apertado e solitário, que sentia a presença do tio com ele, que era impossível não se transportar no tempo para aquelas manhãs de domingo…

Mas Bruno, que é piloto de corridas, e não um babaca profissional, falou apenas que para ele, na verdade, “a corrida estava chata, sem disputa”. Falou também que a equipe tem de aprender, que os problemas são comuns, que não teve “nada de emocionante”, não citou o tio, não caiu na tentação de vender emoções baratas, quebrou as pernas globais.

Ponto para o primeiro-sobrinho.