CHININHAS (7)

SÃO PAULO (por partes) – Essa corrida da China merece alguns posts específicos. O primeiro, sobre Schumacher. Se até agora ele tinha sido apenas correto na temporada, sem decepcionar, mas sem brilhar, hoje foi um fiasco. Irreconhecível. Lembrou o velho e bom apenas nas escolhas precisas dos momentos em que devia trocar pneus — exceção feita à primeira parada, que se revelou desastrosa para todo mundo, no fim das contas. Mas, depois, enxergou sempre antes o que todos viram depois.

Não resolveu muita coisa, porém. O grid inteiro se divertiu hoje com a brincadeira do “vamos passar Schumacher”. Quando tentou oferecer resistência, até conseguiu por algumas curvas. Mas era claro que seria ultrapassado logo depois. Há uma grande lista dos que superaram o heptacampeão em Xangai. Petrov, inclusive. Deu-me a impressão de que seus pneus acabaram logo. Rosberg teve problemas semelhantes, mas estava muito à frente para se sentir ameaçado.

Nico também levou passões, de Button e Hamilton (deste, nos boxes). Mas como chegou ao pódio, ninguém vai se lembrar muito disso. Fica mais com a imagem boa da escolha correta de permanecer com slicks no começo do que de presa fácil para a McLaren.

Presa fácil foi Schumacher, em que pese a possibilidade de ter ficado com os pneus em frangalhos antes dos outros. Hoje, deu munição aos que contestam sua volta, que acham que devia ficar em casa tomando chocolate quente e jogando Playstation.

Não compartilho de tal opinião. Acho que ainda é cedo, quatro corridas etc e tal. Mas reconheço que fiquei meio chocado com sua docilidade na corrida.