Blog do Flavio Gomes
F-1

CHININHAS (9)

SÃO PAULO (e tem mais) – Largando com os dois na primeira fila, a Red Bull foi quem saiu da China com o gosto mais amargo na boca. Talvez seus carros não estivessem acertados para piso molhado. Muita gente fez isso no sábado, apostou na chuva e comprometeu a classificação. Talvez isso explique, também, a […]

SÃO PAULO (e tem mais) – Largando com os dois na primeira fila, a Red Bull foi quem saiu da China com o gosto mais amargo na boca. Talvez seus carros não estivessem acertados para piso molhado. Muita gente fez isso no sábado, apostou na chuva e comprometeu a classificação. Talvez isso explique, também, a facilidade rubro-taurina para fazer 1-2 no grid. Vettel e Webber foram discretos na corrida. Nem de longe mostraram a velocidade do dia anterior. Sexto e oitavo foi um resultado muito xoxo. Chocho? Como é que escreve isso? O dicionário diz que valem os dois. Sendo assim, Xocho. Pronto.

Agora, palmas mesmo para a Lada-Renault, em mais um espetáculo de competência, ousadia e precisão meteorológica, a única que ficou com slicks nos dois carros no início da prova, e a recompensa foram os pontos para ambos, Kubica em quinto, Petrov em sétimo. Xinguei bastante Petrov em suas escapadas quase trágicas, mas no fim ele passou quem tinha de passar, deu um couro inapelável em Schumacher e Webber, foi um verdadeiro urso siberiano. E tornou-se o 314ª piloto da história a marcar pontos na F-1.

Bravíssimo. Estamos satisfeitos, informa Togliatti. Seus familiares agora estão bem.

Lá embaixo, em outro post, fiz elogios aos quatro que não tiveram medo da chuva no início, e cumpre incluir na lista Kovalainen e De la Rosa. Igualmente ficaram de slicks. Para De la Rosa, não adiantou muito. Mais um motor Ferrari estourou e ele abandonou. Triste sina. Para o finlandês, foi legal. Acabou sendo o melhor das estreantes, ficou em 14º e recebeu a bandeirada antes de um carro da Williams, de Hülkenberg, que fez 300 pit stops. Bruno Senna terminou duas voltas à frente de Chandhok, o dalit, e também merece elogios. Di Grassi andou pouco, porque o carro virginiano quebrou logo.

Foram 67 pit stops na corrida, que marcou a 45ª dobradinha da história da McLaren, a primeira desde o GP da Itália de 2007. Xangai teve seu sétimo vencedor diferente em sete corridas, o que é muito raro. No pódio, três motores Mercedes, o que também é raro, três motores iguais lá no alto, mas não sei quando foi a última vez que aconteceu, e não vou procurar.

E isso é tudo sobre a China. Fim da primeira fase do Mundial, quatro corridas, três muito boas. A próxima tende a ser chatinha, em Barcelona. O negócio é torcer para chover de novo.