SÃO PAULO (24,24%) – Serão oito os brasileiros nas 500 Milhas de Indianápolis. Na verdade, sete. E uma brasileira, Bia Figueiredo, a melhor estreante, em 21º no grid. Helinho fez a pole, dele já falamos, mas o drama, mesmo, foi de Tony Kanaan, que bateu duas vezes e se classificou na bacia das almas. Disse que se emocionou mais do que quando fez a pole no Superspeedway, em 2005. Larga em penúltimo. “Só não perdi meus cabelos, porque não tenho”, brincou, aliviado.
As 500 são muito legais. Cobri duas vezes essa prova, acho que já contei aqui. Uma em 1992 e outra em 1993. Na primeira, ganhou Al Unser Jr. numa chegada apertadíssima com Scott Goodyear. Até aquele ano, tinha sido a menor diferença de todos os tempos em todo o universo entre o primeiro e o segundo. Mas, nos EUA, todo dia acontece alguma coisa maior ou menor de todos os tempos em todo o universo, então não sei se esse recorde já caiu.
Na segunda, a vitória foi do Emerson e o Piquet correu. No grid, me deu o boné da Arisco, que foi roubado na sala de imprensa, mas fui buscar outro com ele nas garagens, e este está bem guardadinho.
O Nelson me deu também uma miniatura. Ele tinha recebido de presente da equipe, mas acho que não deu muita bola. Fiquei com ela, claro. Foi nesse dia que Piquet contou que tinha ficado com um pé maior que o outro, depois da batida no ano anterior lá mesmo em Indianápolis. Aí perguntei como ele fazia quando ia comprar sapatos ou tênis. “Tem de comprar dois pares, que saco, não?”, tentei adivinhar. E ele: “Que nada. Eu peço para experimentar dois números diferentes. O vendedor traz, eu faço uma confusão danada, misturo os pares e levo um de cada tamanho”.
E o pior é que deve fazer isso até hoje.
