Blog do Flavio Gomes
#69

…E EU TROUXE O TROFÉU

SÃO PAULO (back) – Se foi chata a corrida de sábado para o Meianov em Londrina, a de domingo foi uma das mais legais da minha vida. Choveu o tempo todo, e na água dá para brincar. Éramos 15 no grid, os sobreviventes, porque no sábado um monte de gente quebrou. Eu estava em 11º. […]

SÃO PAULO (back) – Se foi chata a corrida de sábado para o Meianov em Londrina, a de domingo foi uma das mais legais da minha vida. Choveu o tempo todo, e na água dá para brincar. Éramos 15 no grid, os sobreviventes, porque no sábado um monte de gente quebrou. Eu estava em 11º. Minha largada foi muito boa. Quando a gente chegou na caixa d’água, metade da volta, eu estava em quarto! A ultrapassagem mais legal foi sobre minha vítima preferencial, o Tranjan Trovão Azul, que sempre me passa de novo, mas não faz mal. Fizemos três curvas lado a lado, um apoiando no outro (na verdade, eu apoiando nele…), o que resultou numa raladinha básica na lateral. Legal pacas.

A pista estava bem escorregadia, mas com boa drenagem, sem riscos de aquaplanagem. Era questão de ficar no asfalto e não rodar. Mas rodei, acho que na terceira ou quarta volta, na entrada da reta dos boxes. Quase atolei. A sorte é que como a tração do Lada é traseira, consegui colocar as rodas de trás no asfalto e sair da lama. Caí para último, mas por sorte teve um safety-car logo depois, juntou o pelotão e consegui, na relargada, passar aqueles que já tinha deixado para trás no início. Alguns pilotos, como o Chaud e o André Mello, estavam tendo dificuldades com os pneus. Em geral, eles têm carros bem mais rápidos e não sou páreo para nenhum deles.

E aí começou a briga mais doida que já tive nesses anos todos de corridas de carrinhos antigos, com o Passat do Mário Bove, um canhão 2.0 que, na chuva, estava apanhando um pouco. Foram voltas e mais voltas trocando de posição. Ultrapassei e fui ultrapassado por ele nada menos do que seis vezes, nas minhas contas. Numa delas, nos tocamos. O Bove ficou bravo, rolou até um bate-boca depois da corrida, mas depois ele se desculpou e ficou tudo bem. Coisas de corrida. Mais tarde coloco fotos e vídeos aqui.

No fim das contas, ele chegou na frente, menos de meio segundo, e terminei em décimo na geral. Puta esforço para chegar em décimo! Mas valeu a pena, como valeu… E na soma das duas baterias, acabei em quinto na minha categoria, até 1.600 cc.

A vitória na geral, na segunda bateria, foi do Antonio Chambel, de Passat. Alguns pilotos fizeram corridas excepcionais na chuva, como o Zé Augusto, desta vez de Fusca, em segundo, o carcamano Marcelo Giordano, quarto colocado, o Raphael Soares, terceiro, e o Tranjan, quinto. Na verdade, acho que todo mundo andou muito bem, pelas condições da pista. O nível de pilotagem da Classic Cup tem sido muito bom. Apesar da chuvarada, nenhum acidente, nenhuma batida, disputas difíceis, delicadas, e todos chegaram ao fim inteiros. Ou quase isso. O paralama dianteiro direito do meu carro ficou meio avariado. O Daier também bateu o Fusca, mas conseguiu voltar e terminou em oitavo, bravamente.

Na água, fiz minha melhor volta em 1min58s655. Não foi ruim, não. E foi tudo muito gostoso, um fim de semana divertido, de muitas risadas e camaradagem, eu realmente estava precisando.

E trouxe o troféu.