Blog do Flavio Gomes
DKW & cia.

FUMAÇAZUL (2)

POÇOS DE CALDAS (inesquecível) – Saldo da sexta-feira: careca queimada de sol, nariz vermelho e mandíbulas doendo de tanto sorrir. Creio que batemos alguma espécie de recorde no Blue Cloud deste ano. Temos 57 carros expostos, quase todos DKWs, e explico: dois são parentes próximos, os Wartburgs; temos um Passat Iraque, do André Passatowsky; uma […]

POÇOS DE CALDAS (inesquecível) – Saldo da sexta-feira: careca queimada de sol, nariz vermelho e mandíbulas doendo de tanto sorrir. Creio que batemos alguma espécie de recorde no Blue Cloud deste ano. Temos 57 carros expostos, quase todos DKWs, e explico: dois são parentes próximos, os Wartburgs; temos um Passat Iraque, do André Passatowsky; uma Vemaguet com motor de Gol, do Didão das peças; e um Candangão V8 montado sobre chassi de Galaxie — já falo dele.

Sendo assim, 52 DKWs saídos da linha de montagem da Vemag no Ipiranga. Faltava um Fissore, chegou. Entre Pumas e Malzonis, sete. É o segundo maior encontro de DKWs do mundo. O maior é o do Auto Union Veteranen, quase sempre na Alemanha, que reúne todos os anos algo em torno de 300 carros e motos de toda a Europa.

O Blue Cloud me faz mal, porque eu sempre acho todos os carros melhores que os meus e tenho vontade de levar todos para casa. E sempre aparecem alguns que não conheço, e eles estão cada vez mais belos. É uma façanha realizar um encontro assim, organizado apenas pela internet. Ainda mais quando se percebe que apenas 11 carros vieram de caminhão. O resto, tudo rodando. De lugares como Brasília, Curitiba, Novo Hamburgo, várias cidades do interior de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, interior de Minas… É um negócio de louco.

Aproveitei o início da tarde para gravar três matérias para o “Limite”, que vão ao ar nas próximas semanas. É muito bom rever todo mundo uma vez por ano, contar nossas aventuras e desventuras em dois tempos. O cenário, então… Poços de Caldas realmente me surpreendeu. Linda, linda cidade. Daqui a pouco, quando acordar, vou tomar um banho nas termas, tem uma água sulfurosa que cura tudo, e embora eu não tenha nada, espero sair curado. O prefeito veio à noite abrir o evento oficialmente, já fez o convite para voltarmos no ano que vem, e creio que voltaremos.

Ah, o Candangão. Um garoto aqui da cidade, apaixonado pelo jipe, fez uma espécie de Hummer de alumínio cuja carroceria é, no fundo, uma homenagem ao Candango. Tem motor V8 e direção hidráulica. Uma coisa de maluco, espetacular.

Estamos todos encantados com o evento, a camaradagem, a cidade, o público. Hoje deve chegar mais gente, acho que vamos bater em quase 70 carros, o que é um orgulho para mim. Afinal, o Blue Cloud nasceu em 2003 de uma ideia doida minha e do Paulo Renato Arantes, de Caxambu. Fizemos o primeiro encontro na unha, e o segundo, e o terceiro, e já estamos no oitavo, neste ano sob a batuta do Ayrton Amaral, do Eliseu Daniel e do Flávio Coral. Será assim, a partir de agora. Cada ano uma turma organiza. E funciona perfeitamente, sem presidente, diretor, tesoureiro, assembleia, nada disso.

Um bando de loucos por DKW. Não tem explicação lógica. Mas se vocês clicarem nas fotos abaixo, vão perceber que todos os carros estão sorrindo. E aí está a explicação.