SÃO PAULO (sono existe?) – Vamos começar pelo primeiro pódio da Lada conduzida por um piloto soviético na F-1. Demorou um pouco mais do que prevíamos. Mas tudo bem. Petrov levou a Mãe Rússia ao olimpo consumista dos carrinhos de corrida e Togliatti está em festa. Ano passado, foi um polonês que fez isso, mas agora o sabor é outro.
Vitaly Fez uma grande largada, pulando de sexto para quarto. Parou duas vezes, sempre na hora certa. Não se afobou em momento algum. Nas últimas voltas, quando viu que era Alonso quem estava atrás dele, tranquilizou a equipe pelo rádio: relaxem, porque esse aí eu segurei uma corrida toda no fim do ano passado lá nas arábias. É bico.
E foi mesmo. Petrov fez uma prova impecável, ninguém quebrou à sua frente, ganhou um troféu merecido. A ausência de Kubica, que claramente o intimidava, acabou sendo positiva para nosso camarada, que começou a carreira pilotando Ladas pelas estepes siberianas. Tem estepe na Sibéria? Sou meio ruim nesse negócio de vegetação. O que era tundra, mesmo? Pra quê a gente aprende essas coisas na escola?
Enquanto escrevo mais algumas bobagens, levantem-se, coloquem a mão no peito e chorem, infames capitalistas! Reconheçam a superioridade soviética e aplaudam sempre que virem um Laika por aí.
