SÃO PAULO (quase igual) – O contra-ataque de Tony Fernandes à possível perda do direito de uso do nome Lotus em sua equipe de F-1 está para ser desferido. O empresário malaio está de olho na Caterham e poderá anunciar a compra dessa mágica e pequena montadora inglesa na semana que vem.
O Caterham 7, único produto da empresa, foi criado por… Colin Chapman, fundador da Lotus. Ele foi lançado como Lotus 7 em 1957 e em 1973 a Caterham, que vendia o carro, comprou da Lotus seus direitos de produção e passou a fabricá-lo.
Na verdade, dizer que o Seven é o único produto da Caterham é meio reducionista. Ele é base para várias versões do mesmo modelo, de rua e de pista. Quem quiser conhecer melhor o brinquedinho pode entrar aqui, no site oficial.
É um carro muitíssimo usado em corridas no mundo inteiro e também um esportivo de rua divertido e admirado, ótimo para “track days”, um grande barato. Que anda, e bem, com seus motores Ford Sigma que podem ter até 150 hp. Claro, não é nenhum foguete, mas é um esportivo muito popular na Inglaterra, um símbolo querido de sua indústria automobilística, especialmente pela herança de Chapman.
Há anos fazendo a mesma coisa, a Caterham recentemente fechou uma parceria com a Lola para produzir o SP/300R, um protótipo que não terá exatamente uma linha de montagem, nem vai virar carro de rua — é um carro de corrida feito sob encomenda que aceita diversas motorizações e, que eu saiba, ainda não está correndo de nada.
Em todo caso, o assédio de Fernandes pode significar que o uso do nome Lotus em sua equipe pode estar indo para o beleléu. A decisão da Justiça inglesa deve sair também na semana que vem. A briga é com a ex-Renault, patrocinada pelo Group Lotus, que está usando na F-1 o nome Lotus Renault em seus carros pretos.