Blog do Flavio Gomes
F-1

A PRIMEIRA CABEÇA

SÃO PAULO (não será a única) – Aldo Costa não é mais diretor-técnico da Ferrari. A equipe anunciou hoje que ele vai assumir outras funções na equipe, sem dizer quais. Gola Profonda, meu informante em Maranello, mandou um SMS. “Vai projetar caminhão”, escreveu. Não dei muito crédito. A Ferrari é daquelas equipes que adoram uma […]

SÃO PAULO (não será a única) Aldo Costa não é mais diretor-técnico da Ferrari. A equipe anunciou hoje que ele vai assumir outras funções na equipe, sem dizer quais. Gola Profonda, meu informante em Maranello, mandou um SMS. “Vai projetar caminhão”, escreveu. Não dei muito crédito.

A Ferrari é daquelas equipes que adoram uma crise. Normalmente duradouras. Basta lembrar o período de 1979 a 2000 sem títulos. Que só se converteu na fase mais exuberante de uma equipe na história na F-1 graças ao quarteto Schumacher-Brawn-Todt-Byrne. Juntar tanta gente boa leva tempo. Era um grupo perfeito de piloto, estrategista, gestor e projetista. Hoje o time só tem piloto. Falta todo o resto.

Eu, se fosse Luca di Montezemolo, iria atrás de David Richards para ser o novo Ross Brawn. Com Alonso, não me preocuparia tanto com piloto. Buscaria uma forma de arrancar Adrian Newey da Red Bull, mesmo sabendo que é bem difícil. Se não desse, iria atrás de Rory Byrne de novo. E tentaria encontrar alguém jovem e menos devoto às coisas do Cavalinho Rampante (como Domenicali) para fazer o papel de Christian Horner — um gestor moderno, de outra geração. Gil de Ferran, talvez?

Enfim, a única coisa capaz de recolocar a Ferrari numa trilha vencedora, hoje, é uma revolução. A equipe tem muito a cara da Itália atual, “berlusconizada”, antiquada, careta, rançosa. O problema é que Luca é tudo isso. Passou do ponto, também.