Blog do Flavio Gomes
F-1

PASSA-PASSA

SÃO PAULO (vixemaria) – A temporada de 2011 já é a que tem maior média de ultrapassagens por corrida nos últimos 30 anos. Não há estatísticas confiáveis anteriores a 1982 para saber se antes disso as coisas eram ainda mais agitadas. Em Istambul, foram 113. O aumento de ultrapassagens vem sendo muito acentuado desde a […]

SÃO PAULO (vixemaria) – A temporada de 2011 já é a que tem maior média de ultrapassagens por corrida nos últimos 30 anos. Não há estatísticas confiáveis anteriores a 1982 para saber se antes disso as coisas eram ainda mais agitadas. Em Istambul, foram 113. O aumento de ultrapassagens vem sendo muito acentuado desde a primeira corrida da temporada: 29 na Austrália, 56 na Malásia, 85 na China e agora 113 na Turquia.

Alguém escreveu nos comentários da corrida, já não vou saber quem, que na verdade o que se tem neste ano não é piloto que ultrapassa o outro, mas que passa o outro; não precisa se esforçar, porque quando chega, leva porque o cara da frente está com os pneus esbagaçados, ou porque usa a asa móvel.

No primeiro caso, é apenas uma questão de encontrar alguém mais lento à frente. Isso acontecendo, o piloto sabe que não vai ter de estudar o melhor momento, dividir uma freada, nada disso. Vai, desvia e passa. No caso das asas móveis, é só abrir a bagaça e esperar pela desgraça do que está à frente, indefeso, sem poder lutar pela posição.

Sim, as corridas estão mais divertidas de se ver. Mas continuo com minhas dúvidas. É legal desse jeito? Dia desses escrevi que sim, pelo menos as pessoas que estão assistindo têm mais do que apenas uma procissão de carros velozes e coloridos para ver durante quase duas horas. Mas não está meio artificial demais, não? As ultrapassagens, que eram como o gol do futebol, elaboradas, tecnicamente difíceis, bonitas, marcantes, não ficaram meio bestas, fáceis, banais?

Continuo sem saber direito o que pensar.