Blog do Flavio Gomes
#69

HOJE LÁ

SÃO PAULO (calor danado) – Com um monte de categorias em Interlagos neste fim de semana, foi duro o intervalo entre a classificação, 8h, e a largada, às 14h. Como nosso motorhome ainda não está pronto (deu problema no ar-condicionado e na banheira de hidromassagem), tivemos de queimar a moleira no paddock, andando para lá […]

SÃO PAULO (calor danado) – Com um monte de categorias em Interlagos neste fim de semana, foi duro o intervalo entre a classificação, 8h, e a largada, às 14h. Como nosso motorhome ainda não está pronto (deu problema no ar-condicionado e na banheira de hidromassagem), tivemos de queimar a moleira no paddock, andando para lá e para cá, entre um churrasquinho e outro.

Mas foi legal. Muitos blogueiros interesseiros foram ao autódromo com camisetas do Meianov para tentar ganhar uma passagem para Moscou. Eu ia premiar os primeiros dez mil, lembram? Algo assim. Pena que não leram o regulamento direito e foram com as camisetas erradas. Só valiam as produzidas em agosto de 2010. Mas legal, mesmo, foi ver dois Ladas Laika no estacionamento. Um do blogueiro Roger Federer e outro do colega Alfredo Ecclestone Gehre.

Éramos 26 no grid. Larguei em 24º depois de um treino medíocre, 2min18s218. Fui uma decepção. Estreávamos um blocante e algumas peças de fibra que tiraram uns 50 kg do Meianov, e não adiantou nada. O blocante é legal, o carro parou de destracionar, mas fica meio amarrado. Sei lá. Continuo em minha eterna batalha para voltar a virar em 2min15s para, depois, dar o passo seguinte: 2min10s. Mais uns cinco anos e chegamos lá.

A pole ficou com o Cirello, de Puma a ar, que corre na minha categoria: 2min00s499.

Planejei queimar a largada, mas nem isso consegui. Acho que passei só uns dois carros e na segunda volta rodei no Laranjinha. O blocante me traiu. É desculpa, claro. Eu que caguei miseravelmente. Perdi a posição para o Waldevino Jr., a quem deveria marcar para buscar um pódio. Minha sorte, e azar dele, é que seu Puma teve problemas e ele acabou abandonando.

Mas desta vez, pelo menos, consegui brigar quase a corrida toda com alguém, o Karmann-Ghia do Mauro Kern, que corre na CCC, a categoria mais light, mas estreou na Classic Cup para pegar quilometragem. Guiou muito bem, trocamos de posição umas duas ou três vezes, mas nas voltas finais fui ficando para trás. Meus tempos não estavam bons. Virei 2min17s434 na melhor, e o Mauro fez 2min15s981 na melhor dele. Tinha mais carro, mas eu tinha condições de segurá-lo, e não consegui.

O Meianov voltou a sair muito de frente com o blocante, e algumas curvas são uma tortura, como o Pinheirinho e o Bico de Pato. No mais, até que foi razoável. Na última volta, assim que recebi a bandeirada, o motor apagou estranhamente. Cortei tudo e fui parar lá no S do Senna. Quando cheguei rebocado de volta ao paddock, vi que fiquei em segundo na categoria, porque o Puma do Edson Furrier teve problemas no final. Deu troféu. Na geral ganhou o Cirello de novo, imbatível neste ano. E o Meianov terminou em 16º, apenas uma volta atrás do vencedor.

Como tivemos tempo de sobra, fui dar uma espiada nos carros do Brasileiro de Marcas e gostei do que vi. São bonitos, carros de verdade. Gostei tanto que já nem ligo mais para essa história de motor padronizado, já que não tem jeito de mudar, mesmo. Os tempos de Marcas ficaram entre 1min46s e 1min50s. Achei bem mais legais que os Stock.

E fica a nota triste para a F-3 Sul-americana. Uma categoria que já foi tão importante não teve nem espaço nos boxes. Fizeram um puxadinho com umas tendas atrás do paddock para acomodar os menos de dez carros que estão disputando o campeonato.

Aqui tem um vídeo da corrida da gente, enviado pelo Twitter. E a foto lá em cima é de Dyonysyo Pyerotty — que, como notaram os amigos, engordou 14g esta semana.