Blog do Flavio Gomes
#69

INOCENTE, ACHO

SÃO PAULO (putz) – O Mariano Cirello acaba de me mandar o vídeo da largada de domingo, a batida no Fábio Steinbruch, o acidente que poderia ter sido bem pior. Como se vê de dentro do carro do Cirello (aliás, que câmbio, puta merda!), não fui o único a largar com o semáforo apagado (as […]

SÃO PAULO (putz) – O Mariano Cirello acaba de me mandar o vídeo da largada de domingo, a batida no Fábio Steinbruch, o acidente que poderia ter sido bem pior.

Como se vê de dentro do carro do Cirello (aliás, que câmbio, puta merda!), não fui o único a largar com o semáforo apagado (as luzes vermelhas só foram acender bem depois que o safety-car foi para os boxes, pouco antes da merda federal). Vários pilotos aceleraram quando o safety-car saiu da frente do pelotão de repente, sem que luz alguma estivesse acesa no semáforo que é usado para orientar nossa largada. Notem, por exemplo, o Puma branco #27 do Júnior no canto direito do vídeo. E o Chevette #8 do Adriano Lubisco, também. Ambos vêm de cano cheio lá de trás, porque viram que o Subaru prata da direção de prova saiu da frente do pelotão, e não havia luz vermelha nenhuma.

Alguns, porém, tiraram o pé, como o Marcelo Chamma, do Puma laranja, e o Renato Faerman, do Passat #63 que estava na minha frente. Foi na hora em que, inexplicavelmente, as luzes vermelhas se acenderam, com todo mundo já acelerando. Eu desviei porque estava em aceleração plena e ali não conseguiria parar, porque o Faerman praticamente brecou o carro. Seria como bater, sei lá, a 90 km/h numa parede.

Consegui puxar para a direita para evitar a porrada monumental, que poderia até explodir o carro dele — o tanque, cheio de álcool na largada, fica na parte traseira do carro. Mas o Fábio, um pouco à frente com o Dodginho branco, estava justamente fazendo o mesmo que eu: com o pé no fundo, teve de desviar de um Passat que também tirou o pé repentinamente, acho que do Carlos Estites. Ele puxou para a esquerda para não bater no Carlão. Eu, para a direita. No meio do caminho, nos tocamos.

Foi meio assustador, vendo agora. Na hora, não senti nada. Nem medo, nem pavor, susto, nada. Fiz o que tinha de fazer, evitei bater num carro parado e, quando rodei, torci para não me arrebentar no muro. Como não me arrebentei e o carro funcionou, voltei para a pista.

Corridas são assim, acho.Essas imagens reduzem um pouco meu sentimento de culpa. Espero que o Steinbruch veja o vídeo e me perdoe mais uma vez.