Blog do Flavio Gomes
#69

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SÃO PAULO (tenso) – Talvez tenha sido minha melhor posição na classificação geral de uma corrida, descontando as de 2008 que fiz em Londrina com o Corcel Pac Man. Mas com meus carrinhos exóticos, acho que nunca tinha terminado em oitavo na geral. OK, no fim das contas, apenas 13 largaram, muita gente que tem […]

SÃO PAULO (tenso) – Talvez tenha sido minha melhor posição na classificação geral de uma corrida, descontando as de 2008 que fiz em Londrina com o Corcel Pac Man. Mas com meus carrinhos exóticos, acho que nunca tinha terminado em oitavo na geral.

OK, no fim das contas, apenas 13 largaram, muita gente que tem carros melhores (e pilotos idem) não participou. E esse grid enxuto tem um pouco de minha culpa. Acho que fui um dos responsáveis pelo acidente na primeira largada, que acabou tirando o Fábio Steinbruch da última etapa do Paulista/2011 da Classic Cup.

Tenho uma ótima desculpa, mas como defendo a tese de que quase sempre um acidente em corrida pode ser evitado, assumo minha parcela de responsabilidade e caso o Fábio leia isso aqui, espero que me perdoe.

Ocorre que a direção de prova fez uma cagada fenomenal na primeira largada. Nós largamos com os carros em movimento e, basicamente, funciona assim: volta de apresentação com safety-car na ponta, no Café ele diminui, as luzes vermelhas ficam acesas lá na frente, no meio da reta, o safety-car se retira, e quando as luzes se apagam, largamos.

Mas hoje (ontem, já…) não foi assim. Quando apontamos no Café, não havia luz nenhuma acesa. Esqueceram das luzes vermelhas, que orientam nossa largada. E o maledeto do safety-car demorou uma eternidade para sair da frente do grid, fazendo-o bruscamente na entrada dos boxes. Quando saiu, continuávamos sem luzes. Os pilotos da frente aceleraram, hesitantes, e eu fiz o mesmo. Aí apareceram as luzes vermelhas, as pessoas começaram a frear, eu vinha de cano cheio, desviei de um Passat para não encher a traseira do cara e nessa guinada para a direita, procurando um espaço para não bater em ninguém e não ser atingido pelos que vinham atrás, acabei tocando na traseira do Dodginho do Fábio, que rodou e bateu forte no muro pelo lado de dentro. Creio que ele também vinha acelerando.

Pelo menos é o que depreendi desse acidente ao ver um vídeo rapidamente no autódromo. Meu carro também rodou 180 graus e bateu de traseira no muro. O Cirello, que largou no fundo do pelotão, conseguiu frear e não bateu em mim. Meu carro voltou a funcionar, voltei para a pista, bandeira vermelha, nova largada pouco depois e foi isso a corrida.

Para mim, meio abalado com o acidente (apesar de ficar me desculpando para mim mesmo pela cagada das luzes, que não se repetiu na segunda largada — nesta, ao apontar no Café, vi claramente o semáforo aceso, lá de longe), a prova foi razoavelmente divertida nas primeiras voltas. Passei em quinto no S do Senna, depois fui sendo ultrapassado pelos mais rápidos de sempre e tive um bom duelo com o José Azevedo, segurando o Fusca dele por umas boas três ou quatro voltas, até errar uma marcha na freada do Lago (entrou quinta, em vez de terceira), perder a posição e só recuperá-la no fim, porque ele quebrou.

Não me orgulho nem um pouco de minha tentativa de ganhar posições para aproveitar eventuais vacilos dos ponteiros naquela largada toda cagada, porque no fim isso resultou numa batida de um colega e é algo que me entristece muito. Felizmente o Fábio não se machucou. Mas, de novo, peço desculpas. Minha chateação impediu, inclusive, que eu curtisse mais a presença da minha grande turma de amigos do Canindé, chefiada pela presidenta Michelle Abílio (e o Paulo, a Ju, a Bel, o Alexandre e sua namorada, o Higino e mais um monte de gente), que foi a Interlagos ver a corrida. Espero que tenham gostado, apesar da minha gabolice.

O resultado da prova está aqui. Acho que minha melhor volta foi em 2min15s e alguma coisa. Não peguei a papeleta. Agora, não sei quando tem corrida de novo. O calendário de 2012 está meio confuso. Quando souber, aviso aqui.