Blog do Flavio Gomes
F-1

FERRARI F138

SÃO PAULO (acumulou…) – Sem degrau no bico, para alegria geral da nação (ainda acho que aquilo do ano passado foi ação de um único projetista, que desenhou os carros de todas as equipes), eis a Ferrari F138. F de Ferrari, 13 de 2013 e 8 do motor de 8 cilindros, que disputa sua última […]

ferrarif138perfilSÃO PAULO (acumulou…) – Sem degrau no bico, para alegria geral da nação (ainda acho que aquilo do ano passado foi ação de um único projetista, que desenhou os carros de todas as equipes), eis a Ferrari F138. F de Ferrari, 13 de 2013 e 8 do motor de 8 cilindros, que disputa sua última temporada.

O sujeito que dá nome aos carros da Ferrari, um velhinho de longas barbas que tem uma sala secreta em Maranello perfumada com incenso e cheia de objetos esquisitos vindos de países exóticos, a maioria amuletos e figuras assustadoras, além de algumas imagens macabras penduradas nas paredes, ainda está à procura do critério universal de batismo, como se percebe. Ano passado, a referência era ao… ano — F2012. Crise de criatividade. No ano retrasado, ele decidiu homenagear os 150 anos da unificação da Itália. Ano que vem, o que será? FB142WC, segundo minhas fontes. F de Ferrari, B de Brasil, que faz em 2014 uma Copa do Mundo (“World Cup”), e será a segunda no país. Sacaram? Mas há uma possibilidade de se chamar, também, FFW14100NM, sendo F de Ferrari, FW de Primeira Guerra (em inglês, claro), 14 e 100 lembrando o centenário do início do conflito e NM de “never more”.

E o carro, afinal? Nota-se que tudo foi feito no sentido de otimizar a passagem do ar, inclusive e principalmente a remoção do degrau no alto do bico. No ano passado, fizeram o degrau com a mesma intenção e não deu certo. Assim, foi só tirar o dito cujo. A equipe, que começou a temporada de 2012 incrivelmente mal, conseguiu mesmo assim lutar pelo título graças a Fernando Alonso. A lógica indica, pois, que se começar bem será campeã. É no que acreditam os vermelhos, que desenvolveram a F138 no túnel de vento da Toyota na Alemanha. No seu próprio, pelo que se sabe, os ventos uivavam de forma um tanto quanto desengonçada e a ele, o túnel, foi atribuída grande parte da responsabilidade pelo fiasco das primeiras corridas do último campeonato.

Uma das novidades da apresentação foi Pedro de La Rosa, ao lado dos titulares Alonso e Massa. O veterano espanhol foi contratado como piloto de testes e está programada sua presença em um único dia no carro, durante as práticas de inverno. Possivelmente será a única vez que ele vai dirigir a F138 na vida. No resto de seu contrato, trabalhará em casa, no PlayStation. Massa começa os treinos em Jerez na semana que vem, porque Alonso vai ficar fazendo ginástica. Ou visitará um guru indiano, ou ainda um centro espírita na Vila Carrão. Ninguém sabe direito.