Ô, Gomes, e o Hamilton não é novidade? Sim, é. Mas a Mercedes fez um vídeo com ele usando o tal do BlackBerry para filmar o carro. Assim, desconfio que a própria equipe considera o patrocínio mais importante que o piloto.
E deve ser mesmo, porque alguém precisa pagar as contas, não?
Gosto muito do carro da Mercedes. Da cor, da elegância das linhas, dessa clara preocupação dos projetistas em otimizar a passagem do ar… Coisa linda, o Mercedão. W04 é seu nome, sendo W de “wish”, desejo, e 04 uma referência às quatro argolas — todo Mercedes, no fundo, sempre quis ser um DKW.
Aldo Costa e Bob Bell, refugos da Ferrari e da Renault, respectivamente, estão à frente do projeto do W04. Toto Wolff deixou a Williams (e, lá, seu filhote Bottas) e assumiu como chefe da bagaça toda. O time vem forte, sem dúvida, depois de uma reestruturação conduzida por Ross Brawn (com a ajuda de Schumacher) nos últimos 18 meses. “Nunca vi uma equipe com tanta fome de vitória”, disse Hamilton, que sempre trabalhou com os alemães — a Mercedes, junto com a McLaren, deu base à carreira de Lewis desde o kart.
Gostaria muito de ver as Flechas de Prata brigando por vitórias com Red Bull, Ferrari e McLaren. E a Lotus, também. Seria a garantia de um grande campeonato, como foi o do ano passado nas suas primeiras corridas — inclusive com uma vitória mercêdica, de Rosberg, na China. Hamilton, com a bagagem que traz da McLaren, tendo sido protagonista, de uma forma ou de outra, de todas as temporadas que disputou na F-1, traz esse espírito vencedor que o time precisa tanto.
A ver. Os testes começam amanhã, com Rosberguinho ao volante. E mais tarde a Toro Rosso apresenta seu carro novo. Estão faltando poucos.