Blog do Flavio Gomes
F-1

SAUBER C32

SÃO PAULO (bem-vindo, verão) – São três tons de cinza nesta F-1 2013. Cinza na McLaren, cinza na Mercedes (que ainda não apareceu), cinza, agora, na Sauber. O C32 acabou de ser lançado na Suíça. Na fábrica de Hinwil, sem muitas frescuras. Isso me faz lembrar dos anos de vacas gordas na F-1, em que […]

sauberc32bSÃO PAULO (bem-vindo, verão) – São três tons de cinza nesta F-1 2013. Cinza na McLaren, cinza na Mercedes (que ainda não apareceu), cinza, agora, na Sauber. O C32 acabou de ser lançado na Suíça. Na fábrica de Hinwil, sem muitas frescuras.

Isso me faz lembrar dos anos de vacas gordas na F-1, em que cada apresentação de carro era uma festa de causar inveja ao governador do Ceará. A própria Sauber, sempre austera e muquirana, rendia-se aos desejos de seus patrocinadores e fazia cerimônias que tinham até cobrança de ingresso. Em 1999 e 2000 fui a duas dessas, a convite. Hotelzão, jantares, grupos de dança, só coisa fina. A Benetton também era forte nessas festas. Gastava-se, só nas apresentações, o que uma equipe de Indy torra numa temporada inteira.

A crise acabou com a gastança desenfreada e já há algum tempo carros novos são mostrados, muitas vezes, nos autódromos, momentos antes de irem para a pista. Neguinho abre a porta da garagem, diz aos fotógrafos para serem rápidos e vamos ao trabalho. Quem te viu, quem te vê, F-1…

Bem, o novo Sauber deixou de ser branco para ser cinza. Tem o degrau no bico, mas duas “pontes” laterais para disfarçar na carenagem e não dá nem para reparar. Claramente fizeram isso para otimizar a passagem do ar. A dupla foi trocada. Saíram Pérez (McLaren) e Kobayashi (temaqueria Koba Express, Tóquio e filiais) e entraram Gutiérrez e Hülkenberg.

Jamais perdoaremos a dispensa de Koba-Mito, embora seja compreensível o esforço pelo incrível Hulk, ótimo piloto, e pela grana que o mexicano traz — a mesma que “Checo” levava de patrocinadores de seu país, todos das empresas de Carlos Slim, dono da Claro, da Telmex, de Acapulco e de um grupo de mariachis que se apresenta às sextas e sábados em duas sessões, às 20h e às 22h. Mas respeitamos a história de Peter Sauber, um “racer” que batiza seus carros com a letra C de Christine, nome de sua mulher.

Só isso faz do careca suíço um sujeito diferente. Ele gosta de carros e da mulher.