Blog do Flavio Gomes
Gira mondo

GIRA MONDO, GIRA

SÃO PAULO (leiam, aprendam) – Uma das três ou quatro frases feitas sobre Chávez, disseminadas de forma leviana, maldosa, mentirosa e irresponsável por enorme parte da mídia brasileira, aquela que um dia foi grande e hoje tem relevância apenas em alguns bairros de classe média das grandes cidades do país, é aquela que diz que […]

SÃO PAULO (leiam, aprendam) – Uma das três ou quatro frases feitas sobre Chávez, disseminadas de forma leviana, maldosa, mentirosa e irresponsável por enorme parte da mídia brasileira, aquela que um dia foi grande e hoje tem relevância apenas em alguns bairros de classe média das grandes cidades do país, é aquela que diz que ele “prende opositores e não permite a liberdade de expressão”. Outra, a de que “a economia da Venezuela está em cacos e o país não se desenvolveu”.

No caso da última, é exasperante tentar convencer a idiotizia brasileira de que a situação do povo venezuelano é infinitamente melhor do que era antes de Chávez, quando o país estava nas mãos de meia-dúzia de barões da mídia e da indústria locais, e a economia era subserviente aos caprichos de corporações americanas e/ou multinacionais. Essa gente que acha que a política neo-liberal dos anos 90, que empobreceu ainda mais os pobres e enriqueceu ainda mais os ricos, é modelo de desenvolvimento é a mesma que não se conforma de ver o porteiro do prédio no mesmo avião indo para a Disney (não é, Danuza?).

Pois bem. Números para eles. Aqui estão dezenas de indicadores sociais e econômicos da Venezuela antes e depois de Chávez. Aqueles que ficam nas críticas rasas e vomitam preconceitos babacas poderiam perder um tempinho de suas vidas inúteis olhando esses dados. E, depois, que se callen.

À primeira frase idiota, deveria bastar este vídeo postado no blog do jornalista Paulo Nogueira, em que Chávez responde a um imberbe pau-mandado da Globo numa coletiva não sei quando. Mas se a preguiça for muita, recomendo este outro aí embaixo, um pouco mais curto, de uma palestra do parlamentar britânico George Galloway no fim do ano passado em Oxford.

Felizmente, graças à internet, a informação hoje não tem mais dono. Aquilo que seus antigos proprietários escondiam por conveniência e interesse agora chega às pessoas, de um jeito ou de outro.

Vivemos em outros tempos. E, nestes tempos, é inadmissível fechar os olhos para a verdade. E é inadmissível não ter um lado alegando falta de informação. A informação está aí, ao alcance de um clique.