Blog do Flavio Gomes
#69

ONTEM

SÃO PAULO (sempre vale) – A foto aí em cima é do Rodrigo Ruiz. Linda. Quando o cara conhece o que está fotografando, saem coisas assim. Isso aí é instantes antes da largada da gente ontem na terceira etapa da Classic Cup. O grid era enorme, 37 carros, e o Meianov lá em 23°. Pode […]

esperandolargadaSÃO PAULO (sempre vale) – A foto aí em cima é do Rodrigo Ruiz. Linda. Quando o cara conhece o que está fotografando, saem coisas assim.

Isso aí é instantes antes da largada da gente ontem na terceira etapa da Classic Cup. O grid era enorme, 37 carros, e o Meianov lá em 23°. Pode parecer pouco, mas não é. Meianov é um Lada, usa motor de Lada, tem aerodinâmica da Lada — desenvolvida em alguma fábrica de geladeiras na URSS. Deixar 14 carros para trás no grid foi uma façanha, que só consegui graças à voltinha redondinha do vídeo do post anterior. Eu vinha fazendo um treino muito irregular, tentando algumas coisas curva a curva, até encaixar essa volta quase ideal na última tentativa. Fiquei satisfeito com o resultado. Sempre que entro na casa de 2min14s com esse carro, é um bom resultado.

Largamos com muito calor mais de cinco horas depois da classificação. Foi um dia de muita atividade em Interlagos, com programação apertadíssima.

Não fiz uma corrida excepcional. Pela primeira vez, abdiquei de algumas possíveis brigas para me concentrar nos adversários da minha divisão, a TL, carros de Turismo com motor até 1.600 cc. Éramos seis, dois à frente, o Fiat do Erick Grosso e o Passat do José Lima, e três para trás (dois Opalas e um Passat). Quando se faz essa opção, a diversão é menor, mas o resultado, em geral, vem.

Larguei mal e não passei ninguém. E fiz uma primeira volta medíocre, em parte porque me assustei bastante quando passei pelo Lago e vi o Chevette do nosso presidente André Mello arrebentado. Ele bateu de frente e achei que iriam parar a corrida. Foi uma primeira volta muito tensa e ruim, mesmo. Felizmente o André não se machucou, e graças ao HANS.

Mas depois dessa primeira volta meia-boca, as coisas se estabilizaram. Não tinha como pegar o Fiat e o Passat na primeira parte da prova e os carros que estavam atrás estavam sob controle. Para mim, importante era garantir um pódio, o segundo em três corridas. Depois da entrada do safety-car, que neutraliza a prova na metade, fui ultrapassado pelo Dirceu, do Passat #51 do Dirceu, da minha equipe. Mas eu sabia que tinha carro para passá-lo de novo e resolvi dar uma cozinhada no galo e deixar para o final.

Quase não deu. Porque a três voltas do fim o Rogério Tranjan do Trovão Azul #44 rodou no óleo no Sol e bateu forte. Vínhamos na sequência, eu e o Dirceu, e quase fomos os dois juntos no mesmo óleo. Amanhã coloco o vídeo, é impressionante. Não sei como consegui segurar o russinho na pista. Mas mesmo assim, foi ali que passei o Dirceu e foi ótimo, porque entrou o safety-car de novo e quase a prova acaba sob bandeira amarela. Se não tivesse reconquistado o terceiro lugar naquele momento, talvez não tivesse tempo depois.

Na nova relargada, daria para brigar com mais alguns carros à frente, mas os dois da minha divisão estavam longe demais e preferi não fazer nenhuma bobagem. Terceiro lugar na TL, no final, com vitória do Erick porque o Lima teve uma punição de 10s. Se eu tivesse virado uma das últimas voltas 2s mais rápido, herdaria o segundo, que ficou com o Passat. Mas como é que eu iria adivinhar que ele seria punido? Acabei teminando a 1s6 do Lima. Paciência.

Na geral, ganhou o Antonio Chambel de novo, com Passat. Eu fiquei em 17°, razoável para quem largou em 23°. O bom é que o Meianov não quebra, vai se virando do jeito que dá e vamos em frente. Quem quiser ver o resultado completo, é só clicar aqui.

Abaixo, mais uma foto do RR, com a beleza do nosso grid. Agora vou aproveitar o domingo.