Blog do Flavio Gomes
Motoland

VANESSA DAYA

SÃO PAULO – Morreu na madrugada de hoje a piloto Vanessa Daya, depois de um grave acidente numa corrida de moto em Brasília. Ela era experiente e competitiva. Os detalhes sobre o acidente ainda são pouco claros. Teria caído numa vala. Teria sido atingida pela própria moto. Vanessa tinha 31 anos. Corridas são sempre perigosas. […]

SÃO PAULO – Morreu na madrugada de hoje a piloto Vanessa Daya, depois de um grave acidente numa corrida de moto em Brasília. Ela era experiente e competitiva. Os detalhes sobre o acidente ainda são pouco claros. Teria caído numa vala. Teria sido atingida pela própria moto. Vanessa tinha 31 anos.

Corridas são sempre perigosas. De moto, mais ainda. Cabe aos dirigentes minimizar riscos.

No caso de provas de moto no Brasil, o risco é mulitiplicado por 100. Os autódromos não são preparados para as magrelas. No caso de Brasília, multiplique esse risco por 1.000. O autódromo é decrépito, não tem segurança, o asfalto é velho, é uma merda sem tamanho.

Não foi sempre, claro. Um dia a pista foi nova e teve manutenção. Isso não acontece há séculos. É uma vergonha ter corrida de qualquer coisa lá. Lembram o que aconteceu com a Stock recentemente?

Enquanto os dirigentes do automobilismo e do motociclismo não se preocuparem com as pistas, pessoas como Vanessa continuarão morrendo. Enquanto os dirigentes do automobilismo e do motociclismo não se preocuparem com o preparo dos pilotos, pessoas como Vanessa continuarão morrendo. Enquanto os dirigentes do automobilismo e do motociclismo não se preocuparem com a qualificação das escolas de pilotagem, pessoas como Vanessa continuarão morrendo. Enquanto os dirigentes do automobilismo e do motociclismo se preocuparem apenas em vender carteirinhas, permitindo que qualquer um corra de qualquer coisa em qualquer lugar, pessoas como Vanessa continuarão morrendo.

O esporte a motor é perigoso. Mas no Brasil é uma palhaçada.