Barrichello hoje em Spa. Animador de torcida no grid, ao lado de um repórter que se atrapalha todo, grita o tempo todo e fica tentando dar algum sentido à balbúrdia sem método do ex-piloto-repórter. Que chega em Ross Brawn, chefe da equipe do cara que está na pole, e pergunta: “Você tem saudades de mim?”. Depois fala algo sobre o carro, mas não escuta o que o entrevistado falou e pede ao locutor para traduzir.
Mais. “Em Spa pode chover nos próximos 5 segundos”. Uau. Mais. Chama o cinegrafista que há 20 anos faz F-1 para a Globo, o Baiano, de Marcelo. O nome dele é Luiz Demétrio. Mais. Entrevista o dono da Force India. Chama o cara de Vijay, na maior intimidade. Não tem sobrenome, nem cargo. Ninguém, entre os Homers Simpsons que assistem à Globo, é obrigado a saber quem é Vijay Mallya. Mais. Ele e Burti gastam metade da corrida justificando a má performance de Massa por causa do KERS que não funcionava. Ao fim da corrida, Massa diz que funcionou normalmente, exceto nas primeiras voltas.
Fora o vocabulário. “Situação” é palavra que vale para qualquer situação. E certeza que Rubens fala “concerteza” junto. Certeza absoluta. Tudo, rigorosamente tudo, é “concerteza”.
Falo mesmo. É ruim, fraco, não acrescenta nada. Não sabia sequer quantas corridas tinha disputado na Bélgica. “Corri 19 anos na F-1, foram 19.” Não, não foram. Em 2003 e 2006 não teve corrida na Bélgica. E, a rigor, a de 1998 não conta estatisticamente porque houve nova largada e Rubens não tinha carro-reserva, depois do acidente múltiplo no início que bloqueou a pista. Portanto, foram 16. Com boa vontade, 17. Informação é o nosso esporte. Informação é o que o jornalista deve dar. Se não “tencerteza”, apure.
Já volto para falar da corrida.