Blog do Flavio Gomes
#69

LITTLE LONDON (5)

SÃO PAULO (até ano que vem!) – O fim de semana da Classic Cup em Londrina terminou com um segundo lugar do Meianov na D1, para carros até 1.600 cc. A segunda prova foi bem complicada para mim e para meu adversário mais direto, Dirceu “Borboleta” Depret. Ele tinha vencido sábado, eu em segundo. Portanto, […]

SÃO PAULO (até ano que vem!) – O fim de semana da Classic Cup em Londrina terminou com um segundo lugar do Meianov na D1, para carros até 1.600 cc. A segunda prova foi bem complicada para mim e para meu adversário mais direto, Dirceu “Borboleta” Depret. Ele tinha vencido sábado, eu em segundo. Portanto, para ganhar na categoria, eu precisava vencer a segunda bateria e torcer para ele chegar em terceiro ou quarto.

Tinha um aliado na prova, o Henry com seu Escort de câmbio trocado. Em tese, nosso japonês voador seria o mais rápido dos quatro, porque esse câmbio novo era escalonado e tal. Assim, minha estratégia era simples: ficar na frente do Dirceu e se o Henry estivesse na frente dos dois, no fim ele iria ouvir pelo rádio “Multifunction strategy A. Now, please”. Isso, claro, se o Marcelo Caslini não surpreendesse.

A primeira parte do plano deu certo. Larguei bem e pulei na frente do Dirceu. O Henry vinha atrás e o Caslini em quarto. Só que na subida da caixa d’água o Dirceu tentou me passar por fora. Saiu mais forte do cotovelo, iniciou a ultrapassagem, mas calculou mal a manobra. Quando jogou o carro para a esquerda para tentar fazer a tomada do saca-rolha, acertou meu para-lama direito de novo com a traseira de seu Passat. Resultado: rodou e apontou direto para o muro, batendo muito forte. Eu consegui segurar o carro. No sábado tinha acontecido a mesma coisa quando eu tentei passar na última volta, o que me custou a vitória. Mas o Dirceu disse que não me viu por dentro, e o assunto terminou ali.

Mas aí é duro. Você acaba ficando meio abalado por saber que aconteceu uma batida forte num incidente que envolve seu carro, e mesmo vendo que o Dirceu estava bem, quando passei por ali de novo, fiz uma corrida um pouco inconstante. O Henry acabou me passando e o Caslini chegou. Andamos juntos algumas voltas, até que ele me passou. Mas logo depois dei o troco no último cotovelo. Ele saiu melhor dali e na curva da Vitória passou por dentro. Dei bastante espaço para evitar a batida. Na volta seguinte, fiz a mesma coisa e coloquei por dentro ali. Mas o Caslini não deu o mesmo espaço, foi fechando, fechando, até que nos tocamos e rodei.

A partir dali o Meianov ficou esquisitíssimo. A temperatura do óleo estava muito alta, começou a falhar e como eu não tinha como chegar no Caslini e o Henry havia abandonado, o segundo lugar estava garantido e não faria sentido ir até o fim e correr o risco de estourar meu motor, que já estava fumando. A três voltas do fim, parei.

Na D1, Caslini, com um terceiro e um primeiro, ganhou o GP do Café na D1. Fiquei em segundo (dois segundos), com o Dirceu em terceiro (primeiro e quarto) e o Henry em quarto (quarto e terceiro).

Havia algumas dúvidas no ar sobre a batida do Dirceu, mas dois vídeos mostraram bem o que aconteceu e assim que eles estiverem “youtubados” coloco aqui. Um deles é o do meu carro e o outro, melhor, do carro do Carlão Estites, que estava exatamente atrás da gente na hora do choque. O mais importante é que o Dirceu não se machucou. O carro ficou meio estragado, mas tudo se arruma.

A segunda prova, de domingo, teve muitas quebras. Na nossa equipe, a LF, só o Fernandão, que voltou a correr depois de dois anos, conseguiu terminar entre nossos seis carros. Foi quinto na geral. Carlão venceu. Na D2, para carros de Turismo acima de 1.600 cc, o vencedor na soma dos resultados foi Adriano Lubisco, de Chevette.

Batida à parte, algo que sempre chateia, foi um fim de semana novamente delicioso. Ano que vem voltamos!

Abaixo, a volta de classificação do Meianov no sábado, que deu ao russinho sua primeira pole — na nossa categoria. Depois edito os vídeos das corridas, com todos os lances polêmicos.