Blog do Flavio Gomes
F-1

INTERNADAS (19)

SÃO PAULO (hoje volto cedo) – Longa tradição deste blog, já de uns dois dias, vamos ao resumo do sábado em tópicos, porque fica mais fácil de ler. E de escrever. A ordem dos tópicos é aleatória, não de importância. Na medida em que vou lembrando, vou escrevendo. Assim como vou escarafunchando meus rabiscos e […]

nadas4000SÃO PAULO (hoje volto cedo) – Longa tradição deste blog, já de uns dois dias, vamos ao resumo do sábado em tópicos, porque fica mais fácil de ler. E de escrever. A ordem dos tópicos é aleatória, não de importância. Na medida em que vou lembrando, vou escrevendo. Assim como vou escarafunchando meus rabiscos e encontrando uma anotação aqui, outra ali.

A eles, então.

1) Hülkenberg na Force India já é algo dado como certo mesmo. Sinal de que ele não acredita muito em discos-voadores do planeta Quantum que possam trazer dos confins da galáxia o dinheiro que a Lotus precisa para abrir mão de um piloto pagante. Hulk não está disposto a esperar. E deve ter dado uma busca no Google para conhecer o perfil do alienígena-mor dessa Quantum, que vocês vão conhecer em breve na Revista WARM UP.

2) No caso, o pagante mencionado aí no alto de quem a Lotus precisa é Maldonado, claro Acho que na semana que vem pingam os anúncios oficiais.

3) A Sauber é a equipe mais indefinida de 2014. Tem, na prática, dois lugares. O russinho Syrotkin é um mistério, talvez seja um boneco inflável. Gutiérrez fica? Pérez volta? Maldonado, se a Lotus embromar muito, pode rasgar o que assinou e mudar de rumo? Tudo aberto, ainda.

4) Um internauta notou que faltava o item 4. Não falta mais.

5) Anunciaram em release oficial o público de hoje em Interlagos: 49.822 pessoas, contra 43.193 registrados pelos organizadores no sábado do GP de 2012. Os números são oficiais, não contei. Alguém deve ter contado.

6) Não sei se isso é importante, mas a volta mais rápida da classificação hoje não foi a da pole, de Vettel. Antes, no Q1, Hamilton virou 1min25s342, na média de 181,767 km/h. O tempo de Sebastian foi 1min26s479, média de 179,377 km/h. O Meianov fez sua melhor volta de todos os tempos em 2min14s aqui nesta pista abençoada, e como V = e/t, calculei que isso dá 107 km/h, mas não sei se fiz a conta certa. A relação custo/segundo-no-cronômetro do meu carro é bem melhor que a da Red Bull, pois. Considerando que esses carros de F-1 custam mais ou menos 7 milhões de obamas, arredondando, dá para dizer que em termos de eficiência o trabalho de gestão da minha equipe é muito melhor. Para montar um Meianov hoje, sem pechinchar, vejamos… Uns 8 paus para comprar um carro, mais uns 4 de santantonio, uns 3 de suspensão e freios, uns 5 para fazer o motor, mais uns 5 para pintar bonito, mais uns 5 de banco e cinto, mais uns 3 de parte elétrica, uns 2 de acrílico para substituir os vidros, uns 2 de fibra de vidro para fazer capô e tampa do porta-mala, uns 2 de pneu, uns 2 de extintor, bateria e instrumentos, mais uma GoPro, um Hot Lap, umas lanternas compradas em Praga, uns faróis de Niva, vamos lá, digamos que 50 mil dilmas, exagerando, o que dá, também exagerando, 25 mil obamas. Por esses valores, cada segundo que o cronômetro marca numa volta em Interlagos, para a Red Bull, custa a bagatela de 81 mil dólares. No Meianov, o mesmo segundo, porque um segundo é um segundo em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo, custa 186 dólares — ou 0,23% do valor torrado pelos rubrotaurinos. Se a F-1 quer ser viável financeiramente, tem de falar comigo.

7) Sanduíche do dia na sala de imprensa: carne seca com purê de mandioquinha e cebola. Não, não é bom comer carne seca e purê gelados. O de calabresa segue imbatível. Por isso, optei por almoçar na Shell com um amigo da Globo, Fábio Seixas.

8) Falando em amigos, muito bom hoje encontrar figuras que não via havia muito tempo, a saber: a Fabi, atual esposa do Bernie, com quem tivemos — eu, ela, a irmã dela e o Seixas — épico jantar em Montreal há uns dez anos, cuja conta ultrapassou os limites do razoável; a Jane, ex-assessora da Minardi e da Ferrari, que sofria muito nas nossas mãos, minhas e do Seixas, especialmente quando pedia para guardarmos sua mala no carro e nos entregava a dita cuja sem cadeado; a dupla dinâmica Rogério-Thompson, da Petrobras, que vive em reunião e quando não está em reunião fica chorando pelo Fluminense e pelo Botafogo; Filippo, Nigel e Stefania, da Ferrari, trio que destoa da média da F-1 pela simpatia, amizade e desprendimento, com quem dividimos muitas mesas em passado distante pelos paddocks deste mundo e nas noites claras de Madonna di Campiglio; fora os jornalistas italianos, ingleses e espanhóis que me parecem cada vez mais cansados, mas seguem amigos e irmãos camaradas.

9) Popular me intercepta no pitlane e conta  todo animado que cruzou com Valsecchi e disse para ele: porra, te foderam! E Valsecchi responde ao popular: sim, me foderam. Foda, isso.

10) Aviões são caros e têm custo alto. Anotar para não fazer bobagem no futuro. Melhor usar o decolar.com ou entrar no site da CVC.