E resolvi, num esforço estatístico, fazer um levantamento a partir de 1998, quando um motor Mercedes interrompeu a sequência de conquistas dos franceses da Renault, com a Williams e a Benetton, para levar o título com Hakkinen na McLaren. É meio arbitrário, claro. Eu poderia escolher como ponto de partida a primeira vitória de Schumacher, por exemplo, mas fiquemos com 1998. Faz sentido, por ter sido a primeira temporada efetivamente vitoriosa da Mercedes.
E vejam só que coisa incrível. De 1998 até ontem, foram disputados 288 GPs na F-1. Destes, 209 foram vencidos ou por um piloto, ou por um time, ou por um motor alemão. O que dá nada menos do que 72,5% de todos. Os pilotos alemães foram responsáveis por 115 vitórias, assim distribuídas:
– Michael Schumacher, 64
– Hein-Harald Frentzen, 2
– Ralf Schumacher, 6
– Sebastian Vettel, 39
– Nico Rosberg, 4
Já os motores alemães estavam nos carros vencedores em 103 provas, a saber:
– Mercedes-Benz, 92
– BMW, 11
Sim, se somarmos motores + pilotos, dá 218, e não 209. Mas é que algumas dessas vitórias aconteceram com pilotos e motores alemães juntos, e por isso esses GPs não devem ser contados em dobro (foram 5 vitórias de Ralf na Williams-BMW e 4 de Rosberguinho na Mercedes).
De 1998 para cá, temos 16 temporadas completas. Apenas três não tiveram como campeão um piloto ou um motor alemães: as de 2005 e 2006, dominadas pelo espanhol Alonso com os franceses da Renault, e a de 2007, com Kimi na Ferrari. Vejam:
1998 e 1999 – Mercedes (com Hakkinen na McLaren)
2000 a 2004 – Schumacher (Ferrari)
2008 – Mercedes (com Hamilton na McLaren)
2009 – Mercedes (com Button na Brawn)
2010 a 2013 – Vettel (Red Bull)
Acho que não há muitas dúvidas sobre o que representa a Alemanha para a F-1, não? É por isso que gosto de DKW.