RIO (pelo menos até agora) – Kimi Raikkonen vai encerrar seu contrato com a Ferrari no final de 2015 e, depois, tchau. Para de correr, ao menos na categoria. Kimi não tem grandes projetos para o futuro. Jovem, 34 anos, é rico e gosta de aproveitar a vida. Na F-1 não se aproveita muito a vida, quando se é como Kimi.
Acho que sua volta, depois de um tempo no rali, foi muito legal. Se encontrou na Lotus e se divertiu. Mostrou que é bom pacas, ganhou corridas, não tinha grandes compromissos, curtiu. A volta para a Ferrari, no entanto, me pareceu um furo n’água. Para ambos. Nem a equipe reencontrou um piloto capaz de ser campeão, nem o piloto reencontrou uma equipe capaz de lhe ajudar a conquistar um título.
É um desânimo só, dos dois lados. Mas Raikkonen não tinha tantas opções assim. A Lotus deixou de ser a Lotus e se ele permanecesse lá, estaria muito irritado. Além do mais, lhe deviam dinheiro. A Red Bull, talvez, fosse o destino mais adequado para alguém como ele. Mas não faz parte da política rubro-taurina contratar marmanjos formados.
No fundo, a F-1 de hoje não tem a cara de gente como Kimi Raikkonen. E, para piorar, a Ferrari continua errando a mão em seus carros. Assim, a grande dupla de 2014, Kimi e Alonso, não deu em nada. Absolutamente nada.