Blog do Flavio Gomes
F-1

MISSÃO

SÃO PAULO (suerte) – Fernando Alonso adotou como discurso para justificar sua volta à McLaren o desejo de terminar algo que começou. Ou seja: ele quer ganhar o título que deixou escapar em 2007, quando defendeu o time de Woking. Perdeu porque dividiu pontos demais com Hamilton, brigou com o companheiro, ficou sem clima na […]

SÃO PAULO (suerte) – Fernando Alonso adotou como discurso para justificar sua volta à McLaren o desejo de terminar algo que começou. Ou seja: ele quer ganhar o título que deixou escapar em 2007, quando defendeu o time de Woking. Perdeu porque dividiu pontos demais com Hamilton, brigou com o companheiro, ficou sem clima na equipe, e Raikkonen aproveitou para jantar os dois.

Todos sabemos que não é isso. Fernandinho saiu da Ferrari por não ver no time italiano nenhuma perspectiva de ser campeão. E ele tem urgência para isso. Considerado há muito tempo o melhor piloto do grid, Alonso não ganha um título faz muito tempo. Foi bi em 2005 e 2006. Passou as últimas oito temporadas em branco. É muito para alguém do nível dele.

“Quero colocar o número 1 de volta ao cockpit da McLaren”, falou o espanhol, que citou Prost e Senna como “inspirações”. Quando dividiram os boxes da McLaren, com motores Honda como agora, os dois ganharam tudo e mais um pouco.

Não sei se vai acontecer logo, não sou adivinho, é provável que não, porque as coisas na F-1 costumam levar tempo, mas torço muito para que a McLaren, que apresenta amanhã seu carro novo, venha muito forte em 2015. Fortíssima, para brigar com Mercedes e Red Bull pau a pau. E que a Williams confirme sua ascensão, e que a Ferrari deixe de ser um bando de patetas.

Citei cinco equipes. Quase todas. Porque mais uma está abrindo o bico. Pouco depois de anunciar que não vai testar em Jerez, a Force India entrou na mira da imprensa alemã, que afirma que o time está falido, à procura de comprador, e talvez nem vá à Austrália e à Malásia. Considerando que ninguém sabe o que será de Caterham e Marussia, não se espantem se em algum momento apenas 16 carros compuserem o grid neste ano. Sauber, Toro Rosso e Lotus estão OK, e são as três que se juntam às cinco grandes com a certeza de que disputarão o Mundial até o fim — embora, no caso da Sauber, talvez não seja muito prudente afirmar coisas assim.

Grid com 16 carros é muita derrota.