Blog do Flavio Gomes
F-1

A BURRADA

SÃO PAULO (a, a, a…) – Parece que não vão ter fim as discussões sobre o que aconteceu em Mônaco com Hamilton, semana passada. Bom, a Mercedes assumiu o erro de chamá-lo para os boxes. Mas foi induzida ao erro pelo próprio piloto — e eu, outro dia, achando que pilotos têm de falar mais, […]

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SÃO PAULO (a, a, a…) – Parece que não vão ter fim as discussões sobre o que aconteceu em Mônaco com Hamilton, semana passada. Bom, a Mercedes assumiu o erro de chamá-lo para os boxes. Mas foi induzida ao erro pelo próprio piloto — e eu, outro dia, achando que pilotos têm de falar mais, decidir mais…

Neste vídeo da FOM, o clipe pós-corrida de Monte Carlo (esses clipes são espetaculares), um rádio que não foi ao ar na transmissão é revelado. Justamente a avaliação de Hamilton, que achava que tinha de parar, mesmo. Pouco antes, no entanto, assim que o safety-car foi sinalizado (primeiro virtual, depois real), seu engenheiro avisou e ordenou: ficamos na pista. Mas o inglês tinha dúvidas, porque viu a imagem dos mecânicos preparados nos boxes e porque a temperatura dos pneus, em baixa velocidade, iria cair drasticamente. A equipe foi na dele. O resto é história.

[bannergoogle] A Mercedes, agora, diz que suas decisões em corrida, daqui para a frente, serão mais baseadas no “senso comum e na lógica” do que naquilo que dizem os computadores. Pode ser. Mas continuo achando que os pilotos precisam ter mais peso nessas coisas. Ainda que de vez em quando, como aconteceu com Lewis, sua insegurança esculpida em anos de consultas a engenheiros (e confiança cega no que eles decidem) acabe levando a uma monumental burrada. “Acho que perdi essa corrida…”, diz ele pelo rádio quando sai dos boxes atrás de Rosberg e Vettel.

Pois é, perdeu mesmo.

Ah, ainda no clipe da FOM, duas falas me pareceram muito divertidas, e também não tinha ouvido ainda. Primeiro, Ricciardo mandando Raikkonen sair da sua frente, na ultrapassagem na Mirabeau A outra, Lewis parado na entrada do Túnel, depois de terminada a prova, e Vettel dizendo para a equipe, sempre pelo rádio, que achava que ele ia largar o carro ali mesmo para ir “direto pra casa”.