SÃO PAULO (que trapalhada…) – Começam a surgir versões bastante verossímeis sobre a cagada da Mercedes ontem. Uma delas, sobre a qual trato neste vídeo: quando foi acionado o safety-car virtual (pela primeira vez, diga-se), Hamilton viu a Mercedes se preparando para uma troca no telão e achou que Rosberg ia parar. Então, consultou a equipe. Que entendeu que ele queria parar. Rapidinho, fez as contas: estava mais de 25s7 à frente de Nico. Dava. Então vem. Foi dada a ordem.
Mas no fim da volta, depois da Piscina, Lewis pegou o safety-car pela frente. Já o de verdade, fisicamente, porque só o virtual não seria suficiente para resolver a situação do carro de Verstappen espetado na Sainte Dévote. Lewis teve de tirar muito o pé, enquanto quem estava lá atrás não precisou desacelerar. Ninguém nos boxes percebeu que Hamilton foi “trancado”, não tem GPS em Mônaco — o sistema não funciona direito. O tempo que o inglês perdeu até entrar nos boxes, empacado atrás do Mercedão “de rua” por algumas curvas, dizimou a vantagem que tinha para Rosberg. Para se ter uma ideia, essa sua volta, até sair dos boxes com pneus trocados, levou 2min11s. Nasr, que parou logo depois e não encontrou o safety-car pela frente, fez a mesma coisa em 1min59s.
Pilotos confiam cegamente no que seus engenheiros dizem. Há anos é assim, perderam a autonomia. Se Lewis perguntasse apenas “alguém vai parar?”, a equipe responderia que não e ele continuaria na pista. E venceria a corrida. Mas quando Hamilton consultou o time, começaram a fazer cálculos. Acharam que sim, era uma boa parar. Chamaram o piloto. E erraram tudo.
Foi isso.
BOM DIA, GP: FALTA DE AUTONOMIA DE PILOTOS GERA BURRADAS