Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

E-ECOS

SÃO PAULO (já é alguma coisa) – Ninguém em sã consciência deve ser dar o trabalho de comparar a Fórmula E à Fórmula 1 medindo as duas com a mesma régua. Eu diria que são modalidades do mesmo esporte, mas de natureza bem distintas. Como comparar futebol de salão (me recuso a usar “futsal”) a […]

SÃO PAULO (já é alguma coisa) – Ninguém em sã consciência deve ser dar o trabalho de comparar a Fórmula E à Fórmula 1 medindo as duas com a mesma régua. Eu diria que são modalidades do mesmo esporte, mas de natureza bem distintas. Como comparar futebol de salão (me recuso a usar “futsal”) a futebol de campo, ou vôlei de quadra a vôlei de praia, ou ainda tênis a squash.

A proposta da F-E é bem clara: carros elétricos, uma nova tecnologia, circuitos de rua, maior proximidade com o público, melhor compreensão do evento por quem está assistindo. Não faz barulho, é bem mais lenta, os pneus são parecidos com aqueles que gente encontra na Rede Zacharias (as lojas fecharam, acabei de descobrir, só existe agora o comércio eletrônico, como pode?).

[bannergoogle] A F-1 é o topo do automobilismo, a tecnologia é outra, corre em autódromos, custa dez milhões de vezes mais, enfim, não preciso ficar explicando aqui.

Mas uma coisa legal foi hoje em Silverstone os pilotos da F-1 terem mencionado a categoria, ainda que sem nenhuma paixão. De alguma forma, dão uma espiada de vez em quando.

Até porque podem acabar por lá, em algum momento. Vários de seus ex-colegas estão ganhando a vida com os elétricos. E não têm muito do que reclamar. Aliás, não é só a F-E que desperta alguma atenção da elite da F-1. Nunca é demais lembrar que o WEC tem atraído gente graúda, como Webber e, neste ano, Hülkenberg — sem falar em Alonso, que adoraria disputar a prova.

Tem espaço para todo mundo, em resumo. E existe vida fora da F-1.