Blog do Flavio Gomes
F-1

SENNA X PIQUET

SÃO PAULO (eterna…) – Nem tudo foi ao ar no material que Ernesto Rodrigues gravou para produzir o especial dos 20 anos da morte de Senna para a Globo. Muita coisa acabou sendo usada no documentário que o Canal Brasil exibiu (os três episódios, para quem não viu, estão aqui) há alguns dias. Um trecho […]

SÃO PAULO (eterna…) – Nem tudo foi ao ar no material que Ernesto Rodrigues gravou para produzir o especial dos 20 anos da morte de Senna para a Globo. Muita coisa acabou sendo usada no documentário que o Canal Brasil exibiu (os três episódios, para quem não viu, estão aqui) há alguns dias. Um trecho interessante é esse aí em cima: a histórica briga entre Senna e Piquet, no início de 1988. Foi o blogueiro Gomidez que indicou.

[bannergoogle] Há muitas lendas sobre o assunto, mas o jornalista Sérgio Rodrigues, então no “Jornal do Brasil”, esclarece tudo. Foi Ayrton quem começou, dando uma espetada gratuita em Nelson, então tricampeão mundial. Sumido havia algumas semanas, antes da esperada estreia na McLaren, falou que tinha dado um tempo nas entrevistas para dar chance a Piquet de aparecer um pouco, já que a imprensa só queria saber dele, Senna.

Nelson ouviu a moloecagem, ficou puto e respondeu com um coice. Falou que Ayrton tinha sumido para não explicar por que não gostava de mulher. Foi o maior bafafá.

Visto quase 30 anos depois, o bate-boca parece bobo e desnecessário — eu diria que impossível de acontecer nos dias de hoje, em que pilotos não falam “bom dia” para a esposa sem pedir autorização a um assessor. De fato, foi. Afinal, dois marmanjos se alfinetando, um chamando o outro de bicha, o outro chamando o um de bobão, tem cara mesmo de briga de escola.

Só sei que deu o maior ibope, ninguém falava em outra coisa. Ali nasceu uma das maiores inimizades da história do esporte mundial, envolvendo dois de seus maiores atletas. Ali os torcedores brasileiros se dividiram em sennistas e piquetistas. A rivalidade se sentia no ar.

E quer saber? Era o maior barato, essa época. Afinal, o que seria da vida sem as bobagens desnecessárias que nos dão motivo para conversar, debater, discutir?