Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

QUEIMOU

SÃO PAULO (que horror) – Pensam que é brincadeira? O que aconteceu com o jovem tocantinense João Vieira no fim de semana em Mugello é mais um elemento para discutir as proteções aos pilotos de monopostos. O garoto corre na F-4 Italiana. Na segunda prova da rodada tripla, seu carro ficou parado no grid. A […]

SÃO PAULO (que horror) – Pensam que é brincadeira? O que aconteceu com o jovem tocantinense João Vieira no fim de semana em Mugello é mais um elemento para discutir as proteções aos pilotos de monopostos. O garoto corre na F-4 Italiana. Na segunda prova da rodada tripla, seu carro ficou parado no grid. A maioria desviou. Os últimos, não. Um pneu quase acertou sua cabeça — o Halo resolveria. Mas uma mangueira de radiador com água fervente caiu no seu colo — o Halo não resolveria.

Felizmente o menino está bem e o problema, agora, é pagar o prejuízo — ele não tem patrocinadores, a família banca a temporada do bolso. O outro brasileiro na categoria, Giuliano Raucci, conseguiu resultados bem melhores em Mugello. Foi ao pódio numa das corridas ao lado de Mick Schumacher e venceu outra.

No que diz respeito a Halos e afins, me parece que a única forma eficiente de proteger a cabeça de um piloto de fórmula é fechando o cockpit integralmente. Os outros sistemas que vêm sendo estudados são quase tão vulneráveis quanto um cockpit aberto.

Acho que o pessoal precisa discutir isso seriamente Paliativos não resolvem. Para mim, os carros continuariam abertos. E eu procuraria controlar outros fatores — como pneus que se soltam de carros, materiais usados na construção dos carros, melhor sinalização de pista, mais preparo de bandeirinhas, coisas assim.