Blog do Flavio Gomes
F-1

SERIA BOM

SÃO PAULO (muito bom, aliás) – Ontem no “Paddock GP” falei sobre a quase impossibilidade de uma virada na relação de forças da F-1 quando uma equipe passa a dominar absurdamente e o regulamento não muda. Foi assim com a McLaren nos anos 80, com a Williams nos anos 90, com a Ferrari nos 2000, […]

alonso1617

SÃO PAULO (muito bom, aliás) – Ontem no “Paddock GP” falei sobre a quase impossibilidade de uma virada na relação de forças da F-1 quando uma equipe passa a dominar absurdamente e o regulamento não muda. Foi assim com a McLaren nos anos 80, com a Williams nos anos 90, com a Ferrari nos 2000, com a Red Bull nesta década, com a Mercedes agora. Notem que esses domínios só terminaram quando mexeram nas regras.

É o mesmo agora. Por isso, imaginar uma revolução para 2017 é algo possível, embora a questão dos motores permaneça sendo um dos calcanhares de Aquiles da categoria. De qualquer forma, tem pneu novo e aerodinâmica nova no ano que vem, o que pode permitir uma reação de times tradicionalmente fortes que, desde 2014, têm levado seguidas surras da Mercedes. Falo especificamente de Red Bull, McLaren e Ferrari. Não, não falo da Williams. Essa, na minha visão, foi rebaixada de vez para a classe das equipes médias. Não vejo no horizonte próximo, especialmente pela pouca ambição no que diz respeito a pilotos, uma chance de a Williams voltar a ser grande.

[bannergoogle]Digo tudo isso para sustentar a afirmação de Alonso, de que a McLaren entra no próximo campeonato para brigar pelo título. O espanhol, acredito, pendura o capacete no final do ano que vem — a não ser que se entusiasme demais com o que pode acontecer no Mundial. Seria muito legal vê-lo brigar para ser campeão de novo. Já se vão dez anos desde a conquista pela Renault — foi bi em 2005 e 2006. Fernando teve uma ou outra chance de aumentar a galeria de títulos, especialmente em 2007 pela McLaren e 2010 pela Ferrari. Não conseguiu. Mas é, claramente, alguém que ganhou menos do que deveria e do que mereceria.

Assim, declaro oficialmente minha torcida pela McLaren e por Alonso no ano que vem. Seria demais vê-lo encerrar a carreira com um tricampeonato debaixo do braço. E seria, sobretudo, muito bom que mais de uma equipe brigasse por vitórias nesta F-1 que, desde 2014, se acostumou apenas a ver carros prateados na frente.

Ah, é preciso dizer que, apesar disso, o campeonato está muito bom. Não é a primeira vez que uma equipe domina um Mundial. Mas disputas internas como esta entre Rosberg e Hamilton não são tão comuns assim.