Blog do Flavio Gomes
F-1

NÃO DIGA

SÃO PAULO (agora?) – Quase 15 anos depois da papagaiada do GP da Áustria, Ross Brawn, então diretor-técnico da Ferrari, vem a público para dizer que a ordem de equipe a Barrichello “foi um erro”. [bannergoogle]Bem, nem sei se é a primeira vez que ele fala nisso, mas sempre é bom reforçar o tamanho da […]

SÃO PAULO (agora?) – Quase 15 anos depois da papagaiada do GP da Áustria, Ross Brawn, então diretor-técnico da Ferrari, vem a público para dizer que a ordem de equipe a Barrichello “foi um erro”.

[bannergoogle]Bem, nem sei se é a primeira vez que ele fala nisso, mas sempre é bom reforçar o tamanho da cagada. Se os mais jovens não se lembram, estávamos em 2002 e Schumacher seria campeão mesmo se dirigisse vendado, tamanha a superioridade da Ferrari. Ganhou o campeonato com seis provas de antecedência e terminou as 17 etapas no pódio — algo inédito. Seu pior resultado foi um terceiro lugar na Malásia. Fez 144 pontos, contra 77 de Rubinho, o vice.

A corrida de Spielberg era apenas a sexta da temporada, e Barrichello vivia um raro fim de semana de domínio sobre o companheiro de equipe. Segundo Brawn, estava combinado que ele deveria deixar Michael passar, se estivesse na frente.

Era uma estupidez discutir isso antes da largada. Ali mesmo os dois pilotos deveriam abortar a ideia de jerico, mas se calaram. Medida desnecessária, boba, idiota. E foi assim que largaram, e quando a Ferrari deu a ordem, Rubens contestou. Foi deixar Schumacher passar nos últimos metros, apenas. O alemão, igualmente bobo, passou, e ainda comemorou. Burro como uma porta.

No pódio, Michael colocou Rubens no degrau mais alto. Ouviram uma vaia estrondosa. Merecida. Por conta dessa burrice descomunal, a Ferrari conseguiu dar munição aos que achavam que Schumacher só ganhava de Barrichello, apenas um brasileirinho contra todo esse mundão, porque era ajudado pela equipe. Bem-feito.