Blog do Flavio Gomes
F-1

O GRANDE ACHADO

RIO (ganhei o ano) – Primeiro foi o Gabriel Araújo quem avisou pelo Twitter. “Achei o que estou procurando há anos, a corrida inteirinha!”, escreveu. A corrida inteirinha é o GP da Alemanha de 2000. A primeira vitória de Rubens Barrichello, quase 17 anos atrás em Hockenheim. E o achado deve ser creditado ao Edu […]

RIO (ganhei o ano) – Primeiro foi o Gabriel Araújo quem avisou pelo Twitter. “Achei o que estou procurando há anos, a corrida inteirinha!”, escreveu. A corrida inteirinha é o GP da Alemanha de 2000. A primeira vitória de Rubens Barrichello, quase 17 anos atrás em Hockenheim. E o achado deve ser creditado ao Edu Cesar, um louco por rádio esportivo que sabe-se lá como encontrou a gravação integral da prova que transmitimos, na época, pela Jovem Pan.

[bannergoogle]Foi o Nilson Cesar que assumiu nas últimas voltas, quando um problema técnico derrubou a narração do Vander Luiz. A história desse momento muito especial para todos nós está aqui. E é incrível.

Foi o dia em que saí mais tarde de um autódromo na vida. Eu e o Fábio Seixas, então na “Folha de S.Paulo” e, também, na Rádio Bandeirantes. Acho que deixamos a sala de imprensa às três da manhã. Trabalhamos feito camelos, para nossos jornais e emissoras de rádio. Não escapou nada.

E escutei tudo. Tudo, desde o início. Eu não lembrava que a largada ficava por minha conta, e fui eu que narrei — que maluquice. Depois o Vander assume, com a categoria de sempre. Os comentários eram de Claudio Carsughi, ambos no Brasil, e eu lá, na Alemanha.

Que trabalho legal que a gente fazia, que o rádio, como veículo de comunicação, fazia. Som claro, ambiente no volume certo, o Vander chamando minhas participações e as do Claudio sempre no momento exato, sem atropelo, pegando todas as ultrapassagens, descrevendo cada lance da corrida. E uma transmissão sóbria, emocionante na medida certa, sem chiliques nacionalistas, informativa, precisa, vibrante e séria ao mesmo tempo.

Dá muita saudade. Da Pan, daquela Jovem Pan cujo microfone nos orgulhávamos de empunhar.

Dá muita saudade do rádio, daquele rádio que não existe mais.