Blog do Flavio Gomes
F-1

PLANO B, C, D…

RIO (quase glacial) – Felipe Nasr já sabe que as coisas na F-1 estão muito difíceis. Quase impossíveis. Esteve em Silverstone, como diz o Grande Prêmio, “para ver e ser visto”. Não adianta muito, a essa altura. A fila andou para ele, como já andou para vários jovens que tiveram passagens breves pela categoria nos […]

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RIO (quase glacial) – Felipe Nasr já sabe que as coisas na F-1 estão muito difíceis. Quase impossíveis. Esteve em Silverstone, como diz o Grande Prêmio, “para ver e ser visto”.

Não adianta muito, a essa altura. A fila andou para ele, como já andou para vários jovens que tiveram passagens breves pela categoria nos últimos anos. Alguns resistiram um pouco mais, outros menos. Em comum, na lista abaixo, o fato de que nenhum deles voltou, ou voltará. Vejam se falta alguém:

Klien, Petrov, Buemi, Alguersuari, Senna, Di Grassi, D’Ambrosio, Merhi, Rossi, Stevens, Gutiérrez, Di Resta, Sutil, Kobayashi, Vergne, Pic, Van der Garde, Chilton, Harianto.

[bannergoogle]Fiz essa lista de cabeça, começando mais ou menos em 2010 — não fui consultar as datas, apenas me lembrei dos pilotos. Boa parte dessa turma se arranjou em outras categorias, como Indy, WEC, DTM e Fórmula E. Há vida fora da F-1, frase que todo mundo que sai precisa compreender antes de cair em depressão. Ela pode não ser tão glamourosa, midiática, milionária, mas é boa — Alonso que o diga.

Nasr fala em plano B, C, D, E… É isso. Se o A é a F-1, esquece. Não por falta de talento, ou coisa que o valha. Faltam lugares e oportunidades para dezenas de pilotos como ele que estão pipocando por aí. O brasileiro não é especial apenas por ser brasileiro. Teve sua chance, foi bem no primeiro ano de Sauber, foi discreto no segundo, não encontrou os meios para permanecer — que incluem financiamento e relacionamentos –, a F-1 o expeliu, não precisa morrer por causa disso.

Há vida fora da F-1, mas para vivê-la é preciso procurá-la.