RIO (entendo) – Lewis Hamilton fez um post intrigante no Instagram, dizendo que às vezes pensa em desistir de tudo num mundo em que ninguém parece se importar com nada.
Não creio que tenha algo a ver com a carreira. Talvez com as redes sociais, nas quais é muito ativo e, portanto, alvo do que se chama de “haters”. Não sei. Ele não foi muito claro.
Como qualquer pessoa com um mínimo sensibilidade, o piloto parece cansado de tudo que anda acontecendo por aí. O mundo deu uma guinada indecente para a direita — e não falo só do espectro político — e países como Brasil, EUA, Turquia, Inglaterra e Hungria são hoje comandados por lunáticos sem nenhum senso de humanidade ou empatia por seus semelhantes.
Duvido que Hamilton tenha plena consciência do que se passa por aqui no campo político, mas se soubesse estaria deprimido. Ele, no entanto, foi um dos que se levantaram publicamente contra a situação na Amazônia, no auge das queimadas e do desmatamento estimulados e patrocinados pelo governo brasileiro.
Tem, de fato, muita coisa errada acontecendo no mundo. Este planeta, em que pesem os avanços da ciência e da tecnologia, da carapuça de modernidade que encanta pessoas que se empolgam com as facilidades que seus aparelhos celulares oferecem, não é um bom lugar para viver.
Lewis se importa. E, hoje em dia, isso já é muita coisa.
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