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SÃO PAULO (esperado) – A Red Bull confirmou hoje a demissão de Nyck de Vries da AlphaTauri. A notícia pingou pela manhã na imprensa holandesa e foi oficializada horas depois. Daniel Ricciardo assume como companheiro de Yuki Tsunoda já no GP da Hungria, dia 23. De Vries decepcionou nas dez corridas que fez pela AlphaTauri […]

Ricciardo hoje em Silverstone: voltando às origens

SÃO PAULO (esperado) – A Red Bull confirmou hoje a demissão de Nyck de Vries da AlphaTauri. A notícia pingou pela manhã na imprensa holandesa e foi oficializada horas depois. Daniel Ricciardo assume como companheiro de Yuki Tsunoda já no GP da Hungria, dia 23.

De Vries decepcionou nas dez corridas que fez pela AlphaTauri neste ano. Campeão da F-2 em 2019 e da Fórmula E em 2020, no ano passado fez uma boa prova pela Williams substituindo às pressas Alexander Albon em Monza e marcando pontos com uma inesperada nona colocação. Com a saída de Pierre Gasly para a Alpine, acabou sendo a opção da filial rubro-taurina para 2023 e ninguém contestou: bom currículo, piloto de testes da Mercedes desde 2019, vasta experiência (fez testes também pela Aston Martin e disputou quatro vezes as 24 Horas de Le Mans), parecia o nome ideal.

Mas, nesta temporada, o máximo que conseguiu foi um 12º lugar em Mônaco. Andou atrás de Tsunoda na maior parte das provas, tomou de 8 x 2 nos grids de largada e cometeu muitos erros. O japonês, que não é grande coisa e mesmo com um carro pavoroso, conseguiu dois pontinhos com décimos lugares na Arábia Saudita e em Miami.

Ricciardo está em Silverstone, onde participou hoje, pela Red Bull, de testes de pneus da Pirelli. De acordo com a equipe, fez “tempos muito competitivos” e sua melhor volta o colocaria na primeira fila do GP da Inglaterra de domingo, ao lado de Max Verstappen. O australiano defendeu a marca a vida inteira, estreando pela HRT em 2011 com cockpit pago pelos energéticos, passando pela Toro Rosso em 2012 e 2013 e assumindo a titularidade do time principal em 2014, onde ficou até 2018. Depois foi para a Renault (2019 e 2020) e passou pela McLaren (2021 e 2022). Tem oito vitórias, três poles e 32 pódios na carreira. A última vitória foi daquelas zebras enormes da F-1, em Monza/2021. No final do ano passado foi dispensado pelo time papaia para a chegada de Oscar Piastri e voltou à Red Bull como piloto de testes.

Não é uma grande surpresa a substituição de De Vries. A Red Bull tem tradição na demissão de pilotos em meio de temporada ou depois de pouco tempo de casa, o que já aconteceu com vários deles tanto na equipe-mãe quanto na filial de Faenza. Kvyat, Gasly e Albon são alguns dos que já sentiram a mão pesada de Helmut Marko, guru da empresa que prende e manda soltar na organização austríaca. A lista é enorme e ainda tem Christian Klien, Scott Speed, Sébastien Buemi, Jean-Éric Vergne, Jaime Alguersuari, Sébastien Bourdais, António Félix da Costa e muitos outros nas categorias de base.

A volta de Ricciardo pode ser interpretada, também, como uma forma de avaliar o veterano piloto para uma eventual volta à Red Bull em 2024 no lugar de Sergio Pérez, outro que está na marca do pênalti pelas péssimas apresentações nas últimas corridas.