Blog do Flavio Gomes
F-1

MAIS DOIS ANOS

SÃO PAULO (no surprise) – Sergio Pérez fica mais dois anos na Red Bull. Para quem nos segue aqui, não é algo espantoso. Temos dito que para a equipe é confortável ter um piloto como ele. Não brilha, mas ganha uma ou outra corrida, faz pontos e não incomoda. Tem maus momentos — está vivendo […]

SÃO PAULO (no surprise) – Sergio Pérez fica mais dois anos na Red Bull. Para quem nos segue aqui, não é algo espantoso. Temos dito que para a equipe é confortável ter um piloto como ele. Não brilha, mas ganha uma ou outra corrida, faz pontos e não incomoda. Tem maus momentos — está vivendo um deles agora — que duram quatro ou cinco corridas, mas depois se apruma e faz a lição de casa. Que, em se tratando de Red Bull, é ajudar a equipe a ser campeã de construtores e não perturbar Verstappen.

No quadrinho da esquerda acima (clique na imagem para abrir em outra janela) temos os pilotos confirmados para 2025. Tem muita coisa para acontecer ainda. A renovação de Pérez acaba com as tênues esperanças de pilotos como Tsunoda, Lawson, Ricciardo e Sainz de correr pela Red Bull. Nunca fizeram parte dos planos. Tsunoda é problema da Honda. Lawson entrará pela porta da filial de Faenza, que hoje se chama Visa Qualquer Coisa. Ricciardo se equilibra num contrato que não lhe garante nada a partir de 2025. E Sainz…

Bem, Sainz que corra para assinar com a Sauber/Audi. Daqui a pouco não sobre lugar algum para ele. A não ser que queira apostar na Williams, o que me parece uma insanidade. A Mercedes poderia ser uma opção? Pelo que sei, ofereceram apenas um ano de contrato. Não é algo que se deva aceitar. Os alemães, no fundo, querem mesmo colocar o menino Antonelli para correr. E acho que é o que farão.

Pérez, 34, estreou na F-1 em 2011 pela Sauber. Em 2012, no time suíço, conseguiu três pódios. Despertou o interesse da McLaren, que o contratou em 2013 para o lugar de Lewis Hamilton. Ficou apenas um ano na equipe de Ron Dennis. Em 2014 foi para a Force India e lá permaneceu por sete anos. No meio de 2018 o time foi comprado por Lawrence Stroll e, no fim da temporada, mudou o nome para Racing Point. Hoje é a Aston Martin. Na Racing Point, que defendeu em 2019 e 2020, Pérez ganhou seu primeiro GP. Foi no Bahrein, em 2020 — o GP do Sakhir, disputado no anel externo, naquele calendário compacto e meio improvisado no primeiro ano da pandemia. O mexicano está em sua quarta temporada pela Red Bull. Pela equipe, subiu ao pódio 29 vezes e ganhou cinco corridas. Fez três poles, apenas. No currículo, são 265 GPs com seis vitórias, três poles, 11 melhores voltas e 39 pódios. No ano passado foi vice-campeão com 285 pontos, seu melhor resultado em Mundiais. Mas marcou 305 em 2022, quando terminou o campeonato em terceiro. Neste ano, é o quinto colocado com 107 pontos.