SÃO PAULO (quero todos!) – Sou doido por essas miniaturas artesanais fabricadas com materiais diversos, como papel, madeira, plástico. O Jefferson Trevizanutto, por exemplo, mandou muitíssimo bem no Hofstetter da foto. Quem estiver no Facebook pode ver mais de seu trabalho aqui. Ele faz dioramas, carros de corrida, super-heróis, um monte de coisa. E vende tudo, pelo que entendi. Nas fotos, tem até um simpaticíssimo diorama com a fachada da fábrica da Vemag.
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PURA ARTE
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ELEIÇÕES 2010 (46) – LIMITADOS
SÃO PAULO (última leva) – É, macacada, e estamos chegando ao final das nossas eleições 2010. Hoje vão ao ar as últimas cinco categorias, e vocês vão poder votar em todas elas até o domingo às 17h, quando as urnas se fecham e, então, farei a apuração. Que terminará depois da apuração do TSE, porque as urnas aqui não são exatamente eletrônicas…
Para abrir o último lote, vamos escolher o mais belo, interessante, espetacular “limitado” nacional. Por “limitado” entenda-se a quantidade de exemplares feitos, sem nenhum juízo de valor sobre as limitações técnicas ou estéticas de cada um.
Escolhi três figuras que fazem sucesso em qualquer encontro de carros antigos. O Brasinca Uirapuru é o primeiro deles, que os ingleses copiaram para fazer o Jensen. O segundo é o incrível Hofstetter, que me deixou de queixo caído quando vi pela primeira vez num Salão do Automóvel pelos idos de 1980 e bolinha. E o terceiro é o enigmático Lotus Emme, de história tão instigante.
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MEUS 20 ANOS DE BOY
SÃO PAULO (quanto tempo, já…) – Hoje foi um dia bem especial. Há 25 anos, fiquei impressionadíssimo pela primeira vez com um carro, quando fui ao Salão do Automóvel. Estamos falando de 1984. Para se ter uma ideia de como o mundo mudou nesse quarto de século, o Muro de Berlim ainda estava de pé, o Brasil era governado por um cavalariço militar e a Xuxa era gostosa.
O carro em questão era um superesportivo nacional, num tempo em que eram proibidas as importações por aqui. Seu nome, Hofstetter. Estilo inconfundível, design inspirado em alguns dos grandes italianos dos anos 70, motorzão, acabamento impecável, portas asas-de-gaivota. Um assombro. O painel, revestido de camurça, me deixou doido. Os bancos de couro, os ângulos da carroceria, as rodas exclusivas, o cinzeiro que quando aberto acionava um exaustor, tudo aquilo parecia um sonho, por ter sido fabricado no Brasil.
O Hofstetter foi a grande atração daquele Salão. Tinha fila para ver o carro, ninguém acreditava que aquela supermáquina capaz de passar dos 200 km/h em breve estaria nas ruas. No fim das contas, como tanta coisa no Brasil, não vingou comercialmente. Foram muitas as razões. Crises econômicas e cambiais, abertura das importações, preço alto, tudo contribuiu.
Foram fabricadas apenas 18 unidades entre 1986 e 1991 (a história do carro você encontra aqui, no BestCars). Hoje me vi frente a frente com três delas, ao fazer uma matéria para o “Limite”, da ESPN Brasil (vai ao ar na semana que vem).
Elas pertencem a ninguém menos que Mário Hofstetter, o criador do carro, que ainda tem o protótipo feito em 1974 (o vermelho), quando ele tinha 16 anos, o número 2 (do lado dele, exatamente o que vi no Anhembi há 25 anos) e o número 17 (o da foto lá no alto).
Foi esse, o #17, que dirigi para a gente fazer algumas imagens. É um carro excepcional, o fora-de-série mais espetacular já fabricado no Brasil, com todo respeito aos demais — e foram muitos. Quando sentei naquele banco baixinho, com aquele painelzão digital na minha cara, 300 hp turbinados nas costas (o motor é central), aquele vidro enorme quase na horizontal à frente, a porta abrindo e fechando ao toque de um botão…
Ah, rapaz, lembrei de 25 anos atrás, dos meus vinte anos de boy, that’s over, baby, mas sempre tem um jeito de voltar no tempo, e se meu jeito é guiando um carro que um dia me fez sonhar, que seja.
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