À parte o fato de que foi punido por não ter feito nada, não marcaria pontos de qualquer forma porque, de novo, parecia um etíope famélico diante de um frango assado com farofa. Em duas voltas, só fez merda. Largou mal, OK, algo que acontece. Mas foi para cima de Kovalainen e Raikkonen feito um desesperado, colocando a corrida em risco nos primeiros 500 metros de uma prova de mais de 300 quilômetros.
Não cometeu irregularidade nenhuma, mas poderia ter ido parar na cratera do Monte Fuji se alguém resolvesse encarar a queda de braço da primeira curva. Perdeu posições e, na segunda volta, ao se ver atrás de Massa, teve a mesma paciência que eu tenho, por exemplo, quando preciso “inaugurar” um rolo de papel higiênico (uma das coisas mais difíceis do mundo, achar o começo do rolo): nenhuma.
Segunda volta… Precisava atacar daquele jeito, no meio de um monte de carros? Essas tentativas, quando dão errado, podem não ter grandes consequências se houver uma boa distância para o pelotão que vem atrás. Roda, volta e segue em frente. Mas era a segunda volta! Estavam todos atrás dele esperando a cagada para dar risada!
E como deram… Passou todo mundo, Lewis caiu para último, ainda recebeu a punição e, aí, desapareceu em Fuji. Sua sorte foi que puniram Felipe, detonando igualmente a corrida do brasileiro. E dele, Massa, falo daqui a pouco.
Quanto a Hamilton, se eu sou dirigente da McLaren estabeleço uma nova norma interna no time: antes de cada prova, um litro de chá de camomila para o rapaz. Ou de suco de maracujá. Ou, então, castigo, mesmo. Sei lá, tirar o videogame por uma semana. Faço isso com meus filhos e às vezes dá certo. Pelo menos por uma semana eles sossegam.