Blog do Flavio Gomes
F-1

E AGORA?

SÃO PAULO (voando) – Em 2006, na coletiva da Shell/Ferrari, o pessoal do “Pânico” perguntou a Schumacher o que ele faria se acordasse um dia, olhasse no espelho e visse o rosto de Barrichello. Sem dizer uma palavra sequer, Michael esfregou os olhos, como se chorasse, ou como se acordasse de um pesadelo. A pergunta […]

SÃO PAULO (voando) – Em 2006, na coletiva da Shell/Ferrari, o pessoal do “Pânico” perguntou a Schumacher o que ele faria se acordasse um dia, olhasse no espelho e visse o rosto de Barrichello. Sem dizer uma palavra sequer, Michael esfregou os olhos, como se chorasse, ou como se acordasse de um pesadelo.

A pergunta foi engraçada, a resposta, idem.

Pouco depois, o mesmo pessoal do “Pânico” deu a ele de presente uma tartaruga de plástico apelidada na hora de “Barrichello”. Michael colocou o boné sobre a tartaruga, deu uma risadinha e também não disse palavra.

Em Interlagos, horas depois, Rubens deu piti. Subiu nas tamancas e falou que tudo aquilo era uma enorme falta de respeito.

Passaram-se dois anos. Domingo à noite, Barrichello foi convidado para a festa da Ferrari, sua ex-equipe e de Schumacher, maior campeão de todos os tempos, venerado por todos em Maranello. Aconteceu na Disco, uma casa noturna da cidade. Festa privada, Ferrari em peso. Lá pelas tantas, ele pega um microfone e puxa o coro, diante de seus ex-colegas de equipe: “Schumacher, viado!”. Está no “Lance!” de hoje, em matéria assinada por Gabriel Rubinstein.

Quem viu disse que foi constrangedor.

E eu pergunto, dois anos depois: quem faltou com o respeito a quem nessa relação Schumacher-Barrichello?