Blog do Flavio Gomes
#69

AO QUE INTERESSA

SÃO PAULO (eu e ele) – Ando meio esgotado dessa patuscada toda da F-1. Não, não estou deprimido “porque todos perdemos, o esporte perde”, como diz o filósofo Galvão Bueno. Caguei. É chocante, triste, indefensável, mas foda-se. São brancos, que se entendam. Não é a primeira vez, nem a última, que se vê mutreta no esporte, […]

LONDRINA

SÃO PAULO (eu e ele) – Ando meio esgotado dessa patuscada toda da F-1. Não, não estou deprimido “porque todos perdemos, o esporte perde”, como diz o filósofo Galvão Bueno. Caguei. É chocante, triste, indefensável, mas foda-se. São brancos, que se entendam. Não é a primeira vez, nem a última, que se vê mutreta no esporte, em qualquer esporte. Cada um que pague pelo que fez. Pessoas adultas têm discernimento, sabem o que é certo ou errado. Se a opção é pelo errado, normalmente há um preço. Às vezes dá para parcelar. Às vezes é à vista. Façam um carnê. Peçam no banco.

O que importa é que neste fim de semana tem corrida de verdade em Londrina. Pelo terceiro ano seguido, a turma dos velhinhos da Classic Cup vai ao norte do Paraná para uma corrida amistosa, extracampeonato. É quando mais nos divertimos no ano. Ficamos todos juntos no mesmo hotel, passamos o dia no autódromo, a turma da cidade é excepcional, treinamos à vontade e fazemos duas provas.

Hoje saíram duas cegonhas de SP com 18 carros, creio. Chegam a Londrina amanhã pela manhã. Na sexta temos treinos e as duas baterias acontecem sábado e domingo. Não me peçam os horários, nunca sei direito. Mas o acesso aos boxes é livre, e quem for da região está convidado a nos visitar.

O Meianov deveria ter estreado lá, no ano passado. Um problema no motor fez com que ficasse nos boxes e acabei correndo com um Corcel II muito doido, do Nenê Finotti. Assim, terei um terceiro carro diferente em três provas em Londrina. A primeira, em 2007, foi de DKW. Tem alguns vídeos on-board aqui. Ganharam até iBest. Acho que cheguei em último. Com o Corcel Pac-Man, andei bem. Tem um vídeo aqui e outro aqui. Acabei ficando em terceiro na geral, correndo na Divisão 3, dos carros mais fortes.

Amanhã à noite pego a estrada levando na bagagem um macacão, um capacete, dois CDs e, quem sabe, um pouco de paz. Dentro de um carro de corrida é quando consigo não pensar em nada e me encontro comigo.