É uma arbitrariedade e, de novo, um desserviço. A equipe não se chama Manor. Se chama Virgin, ponto final. “Ah, mas era Manor, e a Virgin comprou, então eles estão certos”, dirá alguém. OK. Então, passemos a chamar a Globo, ao menos aqui em São Paulo, de TV Paulista. Foi a emissora comprada em 1966 por Roberto Marinho para entrar no mercado paulista. E ele mudou o nome, claro.
Na verdade, o que a Globo faz com esportes em geral beira o ridículo. E não é só na F-1. Chamar a Red Bull de RBR e a Toro Rosso de STR é algo que, entre os que realmente gostam e acompanham a categoria, já virou piada faz tempo. Piloto algum se refere a esses times usando essas siglas esdrúxulas. A Red Bull tem o direito de dar o nome que quiser à equipe. Comprou-a para isso, assim como a Benetton, anos atrás. Ou a Andrea Moda, que vendia sapatos. São muitos os exemplos.
Em outras modalidades, em especial no vôlei e no basquete, que vivem de times bancados por patrocinadores, a emissora faz o mesmo. Despreza o investimento das empresas que sustentam esses esportes, que por sua vez ocupam sua grade de programação, mudando os nomes dos times à revelia, sem o menor escrúpulo. Adota-se o critério de usar o nome da cidade onde o time está montado, e que se danem todos. Imagino que os patrocinadores fiquem desanimados com essas coisas. É um desestímulo completo e absurdo.
Vamos ver como será ao longo do ano na F-1. Se a Globo continuar chamando a Virgin de Manor, será a única emissora do mundo a fazê-lo. Uma coisa patética.