SÃO PAULO (aplausos ) – Button x Hamilton. Quando a dupla rubrotaurina ofereceu a vitória aos prateados, a briga ficou ainda melhor. Button é um dos pilotos mais técnicos do mundo, não comete erros, nem mesmo em disputas apertadas como a que teve com Hamilton. Passou, foi atacado na reta, colocou lado a lado e […]
SÃO PAULO (aplausos ) – Button x Hamilton. Quando a dupla rubrotaurina ofereceu a vitória aos prateados, a briga ficou ainda melhor. Button é um dos pilotos mais técnicos do mundo, não comete erros, nem mesmo em disputas apertadas como a que teve com Hamilton. Passou, foi atacado na reta, colocou lado a lado e quando não dava mais, recolheu. Porque não é bobo. Muito pelo contrário. Uma batida ali significaria um caminhão de pontos perdidos e, muito pior, um mal-estar interno que seria difícil de consertar.
Hamilton, por sua vez, é o piloto mais combativo do atual lote. Talvez só tenha em Alonso alguém parecido. Não alivia, e está certo de não aliviar, desde que não seja cafajeste. E não foi. A volta 48 da corrida de Istambul é daquelas que entrará em qualquer coletânea de melhores momentos da F-1 contemporânea. Uma disputa linda, limpa, espetacular.
Lewis, no entanto, não parecia feliz ao final da corrida. Nem ergueu o braço ao receber a bandeirada. O cara da coletiva não perguntou por quê. Algum problema pessoal? Alguma crítica velada ao comportamento de Button?
Fico com a primeira hipótese. Salvo engano, foi sua primeira vitória sem a presença do pai no autódromo. Pode ser que tenha algo a ver com sua tristeza estampada no rosto. Com o companheiro, acho que está tudo bem. Jenson foi gentil com ele antes, durante e depois do pódio. Não se queixou de nada, porque de nada havia para se queixar.
Na hipótese de uma repetição dos pastelões da Red Bull, é ele, Button, que se torna o mais forte candidato ao título mundial de 2010. É um piloto inteligentíssimo, correto e respeitado.
