Blog do Flavio Gomes
F-1

O SUBSTITUTO

SÃO PAULO (decisão difícil) – O mais importante de tudo é que Kubica sobreviveu. E que a mão direita não teve de ser amputada. Mas as primeiras avaliações dos médicos que o atenderam dão conta de uma recuperação que pode levar um ano. Foram sete horas de cirurgia e ainda não se sabe se a […]

SÃO PAULO (decisão difícil) – O mais importante de tudo é que Kubica sobreviveu. E que a mão direita não teve de ser amputada. Mas as primeiras avaliações dos médicos que o atenderam dão conta de uma recuperação que pode levar um ano. Foram sete horas de cirurgia e ainda não se sabe se a mão vai voltar ao normal.

Falar qualquer coisa, agora, sobre o futuro da carreira de Kubica como piloto é inútil. O que parece certo é que, neste ano, ele não corre.

A [Lotus] Renault, portanto, vai ter de resolver, e logo, quem será seu substituto. Alguém há de pensar que o caminho natural seria recorrer a um de seus reservas, revelados na semana passada em Valência numa apresentação sui-generis, pela quantidade de pilotos enfileirados atrás da dupla titular: Jan Charouz, Bruno Senna, Romain Grosjean, Ho-Pin Tung e Fairuz Fauzy (é o que falta, na foto acima).

Se juntarem os cinco, não dá meio Kubica. Claro que o comando do time sabe disso. Dos cinco, aliás, apenas o primeiro-sobrinho não tem presença garantida em categoria nenhuma. Os demais vão disputar outros campeonatos por aí. Bruno seria o mais indicado do quinteto, porque pelo menos tem, nas costas, uma temporada quase inteira na F-1 (ele deixou de correr em Silverstone pela Hispania). Mas Grosjean é queridinho antigo da cúpula da equipe.

Uma dupla com Kubica e Petrov estava de bom tamanho para a Renault, que poderia brigar por pódios e pontos — na cola das três grandes, McLaren, Red Bull e Ferrari, e no pau a pau com a Mercedes. O polonês entrava com o talento e o russo, com a grana.

Uma dupla com Petrov e qualquer um dos cinco reservas rebaixa o time ao terceiro escalão. Por isso, a partir de amanhã, alguns telefones devem tocar na Europa. O de Nick Heidfeld, por exemplo. O de Kimi Raikkonen, talvez. Quem sabe o de Nico Hülkenberg. E o de Bruno Senna, certamente. Afinal, tem teste na semana que vem em Jerez. Que pode virar vestibular.