Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

O MONSTRO

SÃO PAULO (faz popopó?) – O R18 TDI da Audi que venceu ontem em Le Mans, a décima vitória das quatro argolas em 13 anos, já é um daqueles carros candidatos a entrar para a galeria de monstrengos da história do automobilismo. No bom sentido. Dá até medo de olhar para ele, como dava medo […]

SÃO PAULO (faz popopó?) – O R18 TDI da Audi que venceu ontem em Le Mans, a décima vitória das quatro argolas em 13 anos, já é um daqueles carros candidatos a entrar para a galeria de monstrengos da história do automobilismo. No bom sentido. Dá até medo de olhar para ele, como dava medo o urro dos quattro no Mundial de Rali nos anos 80. Vai fazer companhia, nos anais, aos Porsche 917, aos GT40, aos Peugeot 905 e outros tantos que enchem os olhos dos que gostam de corridas.

Marcel Fässler, André Lotterer e Benoît Tréluyer levaram o DKW prata à vitória desta vez, depois de um início de prova dramático, com dois R18 destruídos. E foi uma das chegadas mais apertadas de todos os tempos, menos de 14s separando os prateados dos leõezinhos franceses depois de 24 horas. Isso é corrida.

Domingo de manhã, o sobrevivente de Ingolstadt lutava com três Peugeot separados por poucos segundos. O que decidiu a prova foi a resistência do R18, que não precisou de nenhuma parada fora das programadas. E o bicho é econômico. O tanque leva apenas 65 litros de diesel.

Allan McNish bateu antes do final da primeira hora, quando liderava. Deu PT no carro, mas o escocês saiu ileso. À noite, Mike Rockenfeller estava a 300 km/h quando foi tocado por um carro da GT. Também escapou sem ferimento algum. No fim, as 250 mil pessoas que viram a prova em Sarthe aplaudiram de pé o Belcar cinza.