SÃO PAULO (vamos que vamos) – Seguinte, macadada… Aqui as criações e recriações são coletivas. Pois está chegando a hora de fazer a tapeçaria da Miss Universe, minha camioneta DKW-Vemag 1956. O segredinho que eu tinha para contar era já de conhecimento de alguns, mas revelo agora e considero bastante relevante. Tenho um amigo de Brasília que possui uma lista da Vemag que é ouro puro para todos nós, donos de DKWs. Graças a ela, pelo número do chassi é possível saber qual a cor original, a cor do interior, o dia em que a montagem foi concluída e, para os modelos a partir de 1960, para qual revenda o carro foi encaminhado.
Passei para ele o número do chassi da Miss Universe e descobrimos que a peruinha foi concluída no dia 26 de novembro de 1956, exatamente uma semana depois do lançamento do primeiro carro pela Vemag — 19 de novembro de 1956 é, para todos os efeitos, o marco zero da indústria automobilística nacional.
E mais: a Miss Universe, que nasceu Azul Tramandaí com interior em courvin Vermelho Terracota, foi o décimo carro montado pela Vemag. Isso mesmo: é o décimo carro concluído pela fábrica, e portanto o décimo carro brasileiro!
Muita gente acha que isso não tem importância nenhuma, mas quando eu soube quase caí da cadeira. O décimo carro brasileiro!
Por isso, achei legal dividir com a blogaiada não só a informação, como também a restauração. Este post é dedicado a quem trabalha com tapeçaria automotiva. Gostaria não de indicações, porque sempre tem alguém que conhece um bom mecânico, um bom eletricista, um bom tapeceiro; eu também tenho e conheço vários, mas nunca me encantei com nenhum. Gostaria, sim, que quem tem tapeçaria entrasse em contato comigo, por aqui mesmo, para dizer se tem condição de fazer o que preciso.
E o que preciso está nessas fotos aí embaixo. Ela tem os bancos, que devem ser revestidos com courvin Vermelho Terracota, assim como as laterais de porta. O teto precisa ser de casimira bege, ou tecido similar. A dificuldade maior será fazer as laterais dos bancos traseiros. Como se vê, elas formam uma espécie de apoio de braço. Mas não é nada do outro mundo. Essas fotos não são do meu carro, mas de uma 1957 de um amigo. A que está menos empoeirada é de uma alemã.
Claro que não estou pedindo nada de graça. Quero, apenas, que os tapeceiros de São Paulo se apresentem, em vez de eu colocar os bancos numa picape e sair pela cidade atrás de alguém. Em resumo, não quero procurar ninguém. Quero ser procurado, sacaram?
Quem se habilita?
