Blog do Flavio Gomes
#69

LONDRINADAS (2)

SÃO PAULO (cansa, mas é bom) – Foi uma correria danada, hoje. Literal. Corrida de manhã em Londrina, largada às 11h, com o compromisso de votar em SP até as 17h — portanto, corrida para chegar na minha zona eleitoral a 600 km de distância. Deu tudo certo, no fim. Pousei em Congonhas às 16h07 […]

SÃO PAULO (cansa, mas é bom) – Foi uma correria danada, hoje. Literal. Corrida de manhã em Londrina, largada às 11h, com o compromisso de votar em SP até as 17h — portanto, corrida para chegar na minha zona eleitoral a 600 km de distância. Deu tudo certo, no fim. Pousei em Congonhas às 16h07 (santa Gol, que não atrasou um minuto; quando é para elogiar, a gente elogia), catei minha lambreta e às 16h51 estava lá clicando “confirmar”.

(E não é que a paulistanada resolveu levar esse troço a sério? Ou as pesquisas é que não se levaram a sério, tentando fazer todo mundo de trouxa, o que acho mais provável. Não conheço ninguém que iria votar no procon genérico. De onde tiraram seus 35%, 37%? Não foi nem para o segundo turno. Mas isso é assunto para outra hora.)

Corremos debaixo de um sol desgraçado, uma calor da peste, e por isso diminuíram o tempo total de prova de 30 para 25 minutos. Beleza. Eu estava em 13° no grid. Eram 18 na largada. Infelizmente o Fusca do Zé Augusto e do João Cury não conseguiu alinhar, com problemas de motor.

Como de hábito, larguei feito um foguete e passei, sei lá, 12 carros. Mas como sou perseguido pelos dirigentes do automobilismo em geral, acabei tomando um injusto drive-through só porque fui mais rápido que todos os outros para ver as luzes vermelhas apagarem. Me antecipei a elas, e esse é o segredo de uma boa largada. Antevi que elas iriam apagar e parti. Como podem punir alguém que tem a antevisão dos fatos?

Foi uma pena, porque estava bem na prova e acabei perdendo posições para dois da minha categoria, o Fusca do Chicão e o Escort do Henry Kobayashi. E olha que ia alcançar o Henry de novo, meu carro estava bom, quando me deram outro drive-through. Perseguição pura. Só porque passei pelos boxes a 250 km/h, quando o limite era 60 km/h. Por que punir alguém que apenas quis pagar rapidamente sua dívida com a sociedade?

Aí já era. Voltei e fiquei correndo sozinho. Mas foi bom não ter desanimado. O resultado final do GP do Café foi determinado pela soma das duas baterias. Como alguns quebraram hoje, a exemplo das duas bolinhas de ping-pong amarelas conhecidas como Fiat 147 (a do pizzaiolo Giordano e a do roupeiro do Fluminense, Erick Grosso — que é nome e estilo de pilotagem), acabei chegando em quarto de novo. Quarto ontem, quarto hoje e, na soma… segundo na minha categoria! Vencida pelo Espeto, de Passat. Regularidade é a chave. Alonso que o diga. Sou uma espécie de Alonso da Classic Cup.

Minha melhor volta na planilha hoje apareceu cronometrada em 1min42s806. Claro que deve ter dado algum piripaque na cronometragem. No meu Hot Lap veio uma em 1min46s07, o que é bom para as circunstâncias.

Na geral, tivemos uma nova briga espetacular entre Evaldo “Rey” Luque (BMW) e João “Leleco” Peixoto (Bianco). Desta vez deu Dr. Rey, 0s396 à frente do Leleco. Incrível. Como incrível foi a reedição da briga entre nosso presidente André Muito Prudente e Alexandre Chaud (lê-se “Chô”). Chô deixou o presidente chegar na frente, 0s362 de diferença, depois de ser ameaçado de exclusão da categoria na noite anterior.

Nossa equipe, a LF, acabou saindo cheia de troféus. Leleco, Dr. Rey, eu, Kobayashi e a dupla Cláudio/Nenê, com o Corcel Pacman,  ganhamos alguma coisa. Somos um time grande, essa é a verdade. Estamos para a Classic Cup como a McLaren está para a F-1. Nossos adversários são frágeis. A Rosinha-Gaydarji, do “Viagrão” conduzido (pilotado seria um exagero) por Rogério Tranjan e do carro de entrega de pizzas de Marcelo Giordano, acho que ganhou só uma garrafa de champanhe vazia que demos para eles. Os Bundini, de Prudente, Chô e Grosso, foram premiados com litros de um refrigerante que não tivemos coragem de beber em nossos boxes climatizados.

No fim foi tudo ótimo, o Rodrigo Ruiz, que organiza tudo, foi perfeito como sempre e durante a semana vou tentar colocar alguns vídeos. Dá um baita trabalho isso, mas farei um esforço.

Esta semana devo visitar o Velo Cittá. Se der, vamos tentar fazer uma prova lá, enquanto Interlagos está fechado. Senão, corrida para mim só no ano que vem. Quando voltar o Paulista, em dezembro, estarei viajando. Triste, isso.

Falando em ano que vem, vamos mudar a pintura do carro e do meu capacete de novo?